Dia de emoções fortes para André Marques. O lateral-esquerdo do Beira Mar foi sujeito a uma intervenção cirúrgica de manhã e, à tarde, recebeu a visita do colega Joãozinho, que veio dar-lhe um abraço em nome do grupo de trabalho aveirense.

Num momento difícil - o defesa cedido pelo Sporting já tinha sido operado duas vezes ao joelho esquerdo e foi agora intervencionado no direito -, o jogador revela um optimismo inexorável e quer voltar rapidamente aos relvados:

«Agora é trabalhar forte, em sessões bidiárias, na academia do Sporting, para me sentir melhor a cada dia. Como diz um grande amigo meu, este é apenas mais um buraco na estrada, que vou certamente contornar. Todos os meus objectivos pessoais e colectivos continuam intactos. Com o apoio da família e amigo, além do meu espírito de sacrifício, vou voltar com todo o empenho para ajudar o Beira Mar», revela o jovem defesa ao Maisfutebol.

André Marques acredita que o pior já passou e só pensa no momento do regresso em pleno à profissão que abraçou: «O azar não há-de durar para sempre. Há que ser optimista. Só assim a recuperação irá correr melhor. Eu penso sempre positivo. Quero sentir-me cada dia mais próximo dos relvados e dos meus companheiros.»

Os maus pensamentos, assegura, nunca lhe ensombraram a cabeça. «Desistir? Nunca. Com 24 anos? Só se me tivessem tirado uma perna. Nem pensar. Vou recuperar e voltar mais forte», garante, em tom firme.

Joãozinho, o concorrente: «O André faz muita falta»

No dia da operação, Joãozinho, colega e concorrente de André Marques do lado esquerdo da defesa, foi o porta-voz do grupo, num abraço de solidariedade que sensibilizou o companheiro de equipa. «Vim dar-lhe o nosso apoio, num momento de fragilidade para ele, que nenhum jogador gosta de atravessar. Acima de tudo, é um amigo, que me ajudou muito quando cheguei a Aveiro», confessa o lateral.

Gerir a amizade quando se é, ao mesmo tempo, um concorrente directo não é fácil mas o ex-Mafra sabe separar as águas: «O André começou bem, estava em muito bom nível, e merecia jogar quando a lesão chegou. O futebol é assim. Por vezes o azar de uns, é a sorte de outros. Estou contente por jogar mas não gosto de ver um colega e amigo numa cama de hospital. Espero que ele volte depressa, porque tem qualidade e faz muita falta à equipa.»