Antes, muito antes de Guardiola sonhar sequer ser treinador, já Sebastião Lazaroni apostava na modernidade. Não no campo táctico, mas no audiovisual. Numa altura em que tanto se fala dos sete minutos de Gladiador no balneário do Barcelona, nada mais apropriado do que puxar a fita atrás e dar a palavra ao experiente treinador brasileiro.
«É curioso ouvir falar tanto do filme que o Guardiola mostrou na final da Liga dos Campeões. Fico feliz, pois eu já faço isso há muitos anos», explicou ao Maisfutebol, desde o Brasil. O gosto, e gostos nunca se discutem, é que é bem distinto.
O técnico catalão apostou numa longa metragem de Ridley Scott, com Russel Crowe no papel de um general romano que tudo perde; Lazaroni preferiu a história de Rocky Balboa, o mítico pugilista encarnado por Sylvester Stallone.
«É um filme histórico. Mexe com as emoções. Mostra o que é o sacrifício, a determinação e explica que todos têm direito a uma nova oportunidade. Dá alento a um grupo de trabalho», explica o actual treinador do Qatar SC.
«São momentos muito íntimos. Nem gosto muito de falar sobre isto publicamente. Mas não tenho qualquer dúvida que reforça os laços entre todos os elementos do grupo de trabalho. Foi isso que aconteceu com o Barcelona na final da Liga dos Campeões.»