GRUPO B – última jornada

Chega a última jornada do Grupo B e todas as seleções têm ainda possibilidade de conseguir o apuramento para os oitavos de final. A Inglaterra surge na melhor posição como líder do agrupamento e dependendo só de si. A Rússia está na última e mais difícil posição não lhe bastando apenas vencer para ter a passagem direta ao lote dos últimos 16.

CLASSIFCAÇÕES DO EURO 2016

Com tudo ainda por decidir nenhum selecionador pode entrar em poupanças e vai ter de usar as melhores armas que tiver, pois, apesar dos diferentes graus de esperança, um erro de percurso nos últimos 90 minutos da primeira fase do Euro pode significar danos irrecuperáveis.

RÚSSIA-PAÍS DE GALES, 20:00

Estádio de Toulouse

Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)

O que esperar?

A Rússia precisa de vencer. Mas não chega. A seleção de Leonid Slutski precisa também que a Inglaterra perca para que os dois países fiquem igualados em pontos e o desempate do eventual segundo lugar seja feito pelos critérios de desempate; o que, dada a igualdade que registaram na primeira jornada começará a ser feita pela diferença de golos.

O País de Gales fica qualificado para os oitavos de final se vencer; e pode mesmo empatar se a Inglaterra não perder. Em caso de um empate galês e uma derrota inglesa, a seleção de Chris Coleman ficará igualada em pontos com a Inglaterra, mas perderá o segundo lugar pela desvantagem no confronto direto (derrota 1-2 na segunda jornada) e terá de esperar por ser um dos quatro melhores terceiros classificados.

Prevê-se, assim, uma Rússia ao ataque desde cedio para fazer o que depende de si e um País de Gales mais na expectativa. Os russos têm ume média de golos sofridos/marcados negativa (-1) mas fizeram sempre golos. Os galeses também marcaram sempre dependendo em particular da inspiração de Gareth Bale nos livres diretos.

A única vitória do País de Gales frente à Rússia em jogos oficiais data de 1965. Os russos ganharam cinco jogos e houve dois empates. Os confrontos foram sempre em fases de qualificação para Europeus ou Mundiais e os mais recentes foram em 2009 com duas vitórias russas.

EM FOCO

Denis Glushakov

Opção utilizada em ambos os jogos já feitos pela Rússia, Glushakov deve ter a sua oportunidade a titular neste tudo ou nada desta segunda-feira. E Leonid Slutski deu mesmo a entender que o médio do Spartak de Moscovo entrará na equipa.

Dzyuba ainda está em branco neste Europeu e precisa de apoio na frente num jogo em que a Rússia está obrigada a marcar golos. Glushakov entrou com essa missão frente à Eslováquia e cumpriu a sua parte. A aposta desde início no jogador do Spartak Moscovo faz ainda mais sentido quando Shatov continua em dúvida para esta partida.

O médio criativo do Zenit tem trabalhado à parte devido a problemas nos adutores.

Joe Allen

É chamado de «Pirlo galês» devido às caraterísticas do seu jogo. E muito vai precisar o País de Gales do seu futebol tanto disciplinado como pensado – pois mais do que um desfecho serve aos galeses que não precisam de arriscar tudo, pelo menos de uma só vez.

Com todas as opções disponíveis, Chris Coleman depositará mais uma vez nos pés do médio do Liverpool a missão de ser o primeiro construtor de jogo da sua equipa confiando na visão de jogo e precisão do passe que caraterizam o seu jogador.

E que muito pode ajudar numa estratégia em que servir a velocidade de Gareth Bale voltará a fazer todo o sentido pelos riscos que a Rússia está obrigada a correr.

Mas a primeira missão de Allen será precisamente estar na desconstrução do futebol adversário, no seu meio-campo defensivo, onde se deverão jogar muitos minutos, fazendo valer a sua capacidade de recuperação da posse de bola.

Equipas prováveis

RÚSSIA

PAÍS DE GALES

ESLOVÁQUIA-INGLATERRA, 20.00

Estádio Geoffroy Guichard, Saint-Étienne

Árbitro: Carlos Velasco Carballo (Espanha)

O que esperar?

À Inglaterra, líder do grupo B, basta um ponto para assegurar os oitavos de final, mas a seleção de Roy Hodgson não deixará de procurar a vitória que carimba a passagem no primeiro lugar, no que depende apenas de si.

O cenário para a Inglaterra só fica nublado em caso de derrota ficando nesse caso dependente do que acontecer no Rússia-País de Gales. Já a Eslováquia sai para esta última jornada na terceira posição e o que se passar no outro jogo tem muito interesse para a equipa orientada por Ján Kozák.

Os eslovacos também se apuram com um triunfo, mas um empate já os obriga a terem os outros em conta: com uma igualdade no Rússia-País de Gales ainda conseguirão o segundo lugar; com um triunfo galês terão de esperar por serem um dos melhores terceiros.

Em caso de derrota com a Inglaterra e se os russos ganharem o seu jogos, os eslovacos ficam eliminados.

A única derrota dos ingleses com eslovacos aconteceu em 1975, quando a Eslováquia e a República Checa ainda eram um só país. A Inglaterra tem três triunfos nunca tendo havido um empate entre ingleses e eslovacos (e checos) em jogos oficiais de seleções.

EM FOCO

Vladimir Weiss

Muito compreensivelmente, quando se olha para a figura da Eslováquia olha-se para Marek Hamsik. Mas o excesso de atenção ao jogador do Nápoles não pode deixar esquecida outra das estrelas da equipa. E o selecionador inglês, na medida das suas possibilidades, será seguramente o último a cair nesse pecado.

Weiss já mostrou como pode ser influente na equipa, como aconteceu na vitória eslovaca sobre a Rússia em que que dividiu com Hamsik os golos e as assistências. Só precisa de ter a condição física que lhe permita desequilibrar na ala esquerda como aconteceu na segunda jornada do grupo.

Quando se espera que a Inglaterra exerça o domínio territorial do jogo, o extremo do Al-Gharafa pode ser a seta mais perigosa apontada à baliza inglesa quando as marcações ficarem descompensadas pelas transições rápidas que a Eslováquia gosta de aproveitar depois de entregar a iniciativa ao adversário.

Weiss é, além de Hamsik, quem tem a liberdade para fugir à disciplina defensiva imposta por Kozák; precisamente por razões ofensivas.

Jamie Vardy

São praticamente certas as alterações no ataque da Inglaterra e Jamie Vardy está na pole position para sentar no banco de suplentes Harry Kane. O melhor marcador da Premier League ainda não fez qualquer golo neste europeu. O vice da tabela inglesa dos marcadores precisou apenas de 11 minutos em campo para mostrar serviço.

Kane foi titular nos dois anteriores jogos. Vardy estreou-se intervalo na partida da segunda jornada quando a Inglaterra perdia com o País de Gales. O avançado do Leicester justificou a aposta e Roy Hodgson terá todas as razões para querê-lo de início numa equipa a precisar de sangue novo na frente.

Vardy poderá, assim, não ser a única alteração estando também Daniel Sturridge na calha para o onze inicial. A entrada do jogador do Liverpool poderá ser feita à custa de Raheem Sterling, como aconteceu no jogo com os galeses.

Resta saber o que Hodgson estará disposto a mudar na equipa-tipo inicial quando a qualificação está quase, mas não totalmente, assegurada. É que, no meio-campo, também vão aparecendo outros candidatos e a entrada de Wilshere para o lugar de Dele Alli também não é de descartar...

Equipas prováveis

ESLOVÁQUIA

INGLATERRA