O antigo árbitro Jorge Coroado e o antigo presidente do conselho Fiscal do Benfica Cândido Gouveia puseram esta quinta-feira fim a um diferendo que os opunha desde o tempo em que desempenhavam as referidas funções, há seis anos, na sequência de palavras proferidas pelo então dirigente após um jogo do seu clube e que Coroado não quis deixar passar sem reacção. Um pediu desculpas públicas; o outro aceitou-as.
Foi em Agosto de 1999, depois do Rio Ave-Benfica que terminou empatado 1-1, e que teve vários lances discutidos, como duas expulsões de jogadores do Benfica e um golo anulado aos vilacondenses.
Jorge Coroado lembrou ao Maisfutebol que, «no dia seguinte (e posteriormente)», Cândido Gouveia fez declarações (e reiterou-as) atentatórias do bom nome, dignidade e honra» e que contribuíram para o seu «mal estar e insatisfação quer como árbitro quer no dia-a-dia».
O árbitro fez também ponto de honra que Cândido Gouveia «teria que retratar-se» e o epílogo de um processo com seis anos aconteceu hoje no Supremo Tribunal de Justiça. Cândido Gouveia fez um pedido público de desculpas que Jorge Coroado aceitou.
O antigo dirigente do Benfica declarou que «nunca teve intenção de atingir a honra e consideração» de Coroado com palavras ditas «num ambiente de grande emoção, próprio do fenómeno desportivo» e que pelas declarações «apresenta a este [Coroado] as respectivas públicas desculpas» e que «de forma alguma pretendeu que tais afirmações tivessem tido a repercussão social que acabaram por ter».
«Eu aceitei as desculpas», afirmou Jorge Coroado, que foram feitas «de uma forma digna e sincera», com o antigo árbitro a considerar-se ressarcido e a esquecer a indemnização cível que também tinha pedido.