Quinta-feira trouxe novas suspeitas relacionadas com o caso «Apito Dourado». Não se tratou de qualquer testemunho em tribunal, mas o lançamento do livro «Eu, Carolina», em que Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, refere a presença do árbitro Augusto Duarte em sua casa dois dias antes de um jogo com o Beira Mar, em 2003/04, que foi apitado pelo juiz bracarense.
«Essa senhora não tem credibilidade nenhuma, só vem falar nisso agora para poder vender livros», referiu Augusto Duarte Maisfutebol, acrescentando: «Não é agradável o nosso nome ser falado. Quanto aos pagamentos que são referidos, vou ter de falar com o meu advogado para tomarmos as devidas medias. Eu já sabia que ela ia dizer isso, mas não tenho problema nenhum, porque estou de consciência tranquila».
O árbitro, ainda no activo, aproveita para recordar que este encontro referido já foi alvo de investigação, julgado e arquivado pelo Ministério Público em Setembro. Refere-se a uma ida de Augusto Duarte a casa de Pinto da Costa dois dias antes do Beira Mar-F.C. Porto de 18 de Abril de 2004, que ficou empatado a zero bolas, e surgiu uma semana antes dos dragões celebrarem o título nacional.
«Já prestei declarações no Tribunal sobre esse caso e justifiquei o que fui fazer a casa de Pinto da Costa. Tratou-se de um assunto pessoal. Estive uma hora a tomar café, mas não foi provado nada por falta de provas. Não se passou nada. Aliás, fui arguido, mas nada foi provado e só por isso continuo no activo. Não foi por causa desse encontro que o Porto foi favorecido, porque até empatou e os especialistas acabaram por considerar que ficou um penalty por marcar sobre McCarthy. Não misturo as coisas», frisou.