O início do julgamento da alegada viciação das classificações de árbitros e observadores, decorrente do Apito Dourado, foi adiado para Fevereiro de 2010, segundo a Lusa.
O processo, em que 16 arguidos são indiciados da prática de crime de falsificação de documentos, devia ter a primeira sessão do julgamento, na 2ª Vara Criminal de Lisboa, a 30 de Outubro, mas o juiz Carlos Alexandre decidiu adiar a audiência.
O caso remonta às épocas 2002/03 e 2003/04 e tem como um dos principais arguidos Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na altura, acusado da prática de 144 crimes de falsificação de documentos.
António Henriques, António Azevedo Duarte, Luís Nunes e Francisco Costa, conselheiros do CA na altura, são igualmente arguidos, bem como o responsável pela informática da FPF, Paulo Torrão Gonçalves, os observadores João Penicho, Paulo Pita da Silva, José Marques Mendonça, António Fernandes Resende e João Henriques e os árbitros Manuel Nabais, Manuel da Cunha, Joaquim Soares, Marco de Castro Santos e António Fernandes completam os arguidos.
A Lusa noticia igualmente que o julgamento de Valentim Loureiro no âmbito do processo do jogo Boavista-Estrela, cujo início estava agendado para terça-feira nos Juízos Criminais do Porto, só se realizará após a proclamação dos resultados das eleições autárquicas. O adiamento, segundo fonte ligada à defesa de Valentim Loureiro, surge na sequência de um pedido do próprio, que invocou a sua qualidade de recandidato autárquico em Gondomar.
O caso do jogo Boavista-E. Amadora, de 30 de Abril de 2004, ganho pela equipa da Reboleira e apitado por Jacinto Paixão, tem por base escutas que revelam que João Loureiro falou com um vogal da comissão de arbitragem sobre os árbitros auxiliares para o encontro. Depois do jogo, Jacinto Paixão terá dito a Valentim Loureiro que «não podia fazer mais».