O ex-árbitro alemão Robert Hoyzer foi condenado a dois anos e cinco meses de prisão, na sequência do escândalo de manipulação de resultados no futebol alemão. No mesmo processo outro juiz, Dominil Marks, foi condenado a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa.
O Tribunal de Berlim aplicou a Hoyzer, o principal rosto do caso, uma pena mais pesada do que a que tinha sido requerida pelo Ministério Público, que nas alegações finais pedira dois anos de prisão com pena suspensa para o juiz, entretanto irradiado no âmbito deste caso que abalou o futebol alemão, a um ano da organização do Mundial-2006.
Ante Sapina, o croata que estava no centro da teia de apostas ilícitas e era acusado de ter praticado burlas no valor de dois milhões de euros, através do aliciamento de árbitros e da aposta de somas avultadas nos jogos, foi condenado a dois anos e 11 de meses de prisão. Os seus irmãos Milan e Filip, igualmente arguidos no processo, foram sentenciados, respectivamente, com penas de prisão de 16 e 12 meses, ambas suspensas.
Hoyzer, acusado de 11 casos de manipulação de jogos que ele próprio arbitrou, admitiu em tribunal que as acusações correspondiam «no essencial» à verdade. Marks reconheceu ter recebido cerca de 37 mil euros de Sapina.
Um dos jogos em causa foi a vitória do Paderborn sobre o Hamburgo, num encontro da Taça da Alemanha apitado por Hoyzer que teve dois penalties e uma expulsão polémicas. Sapina terá ganho mais de 750 mil euros só com essa partida.