A Assembleia Geral Extraordinária da FPF chumbou a proposta que tinha sido aprovada pela maioria dos clubes da Liga para que a escolha dos árbitros para os jogos das provas profissionais seja feita por sorteio.

Contados os votos dos 71 delegados presentes, a proposta foi chumbada por 53, tendo apenas 17 delegados votado favoravelmente ao sorteio, e houve uma abstenção. O sufrágio foi feito por voto secreto.

Dos 84 delegados que têm assento na Assembleia Geral, apenas 71 estiveram presentes. Ao que o Maisfutebol apurou, dos 20 que fazem parte da Liga  Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), sete não marcaram presença na reunião. 

Com este chumbo, Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, continua a ser o responsável por nomear os árbitros, explicou o presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPF, José Luís Arnaut, lembrando que os regulamentos para entrar em vigor na época seguinte têm de estar aprovados e ratificados até 31 de julho. 

«Havia duas hipóteses: ou se votava ou a Liga retirava a proposta. Como não retirou, foi votada e chumbada.  A Assembleia Geral decidiu de forma clara, inequívoca e esmagadora sobre a proposta de introdução do sorteio dos árbitros», frisou.

A 29 de junho, a maioria dos clubes representados na AG da Liga  aprovou o regresso do sorteio dos árbitros nos jogos das competições profissionais, através de uma fórmula condicionada pela obrigatoriedade de apenas os internacionais dirigirem os jogos de maior dificuldade. 

A proposta foi apresentada pelo Sporting e pelo FC Porto na reunião magna da Liga de clubes e mereceu a discordância do Benfica, bem como do Conselho de Arbitragem da FPF, órgão responsável pelas nomeações. 

A proposta de alteração do regulamento disciplinar, também proposta pela Liga, foi igualmente chumbada na AG da FPF com 45 votos contra, 20 a favor, e seis abstenções.