Tudo começou na véspera do último jogo da fase de grupos, com adeptos egípcios a apedrejar o autocarro da Argélia, provocando ferimentos em três jogadores. Os «Faraós» venceram por 2-0 e as duas selecções acabaram a fase de qualificação com os mesmos pontos e com a mesma diferença de golos, adiando a decisão para um jogo em campo neutro, neste caso no Sudão. Já esta segunda-feira, os argelinos retaliaram incendiando a sede de Egypt Air em Argel.
Abdelrahman al-Khidr, governador de Cartum, capital do Sudão, está, assim, preparado para o pior, com um contingente de mais de quinze mil polícias espalhados pela cidade, com maior atenção para a zona onde as selecções vão ficar instaladas. «Já completámos todos os preparativos e estamos prontos para qualquer emergência, destacou o governador.
O Sudão está à espera de 48 aviões provenientes da Argélia e outros dezoito do Egipto, além de mais de dois mil egípcios que vão chegar em autocarros. Cada selecção tem direito a nove mil bilhetes, ficando cerca de dezassete mil reservados para os adeptos locais. O Sudão conta com milhares de trabalhadores egípcios, mas por outro lado, a maior parte da população sudanesa apoia a Argélia. Cartum está, assim, dividida, com muitos carros sudaneses com bandeiras da Argélia, e os estabelecimentos comerciais egípcios com bandeiras do país vizinho.
As duas selecções treinaram esta segunda-feira em estádios diferentes, com os recintos rodeados por polícias que impediram a aproximação de adeptos.
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