«A final que não pôde ser». Assim era anunciado o encontro entre Argentina e Espanha, no Monumental do River Plate, em Buenos Aires. Nesta «final que não pôde ser» no Mundial-2010, a campeã Espanha caiu em pouco mais de meia hora perante Messi, Higuaín e Tevez. Llorente fez ponto de honra, mas Aguero repôs a diferença e fechou o marcador em 4-1.

Aqueles três foram os autores dos golos argentinos. Primeiro, o 10. Finalmente, perante o próprio público, por fim com a «albiceleste» envergada, Messi encantou o Monumental com uma finalização refinada, de «vaselina», como dizem os hispânicos, quando há um chapéu ao guarda-redes. Na cara de Reina e a passe de Tévez, Messi concluiu com classe e, aos dez minutos, havia 1-0 no placard.

Soltavam-se «olés» em Buenos Aires. Os campeões do mundo não contavam com alguns dos habituais titulares, mas não era para tanto facilitismo. A passe de Tévez, Higuaín ultrapassou Reina e fez o 2-0. O pior estava por vir.

Reina cometeu um erro tremendo. Perdeu a bola na área e Carlitos Tévez faxia o 3-0 aos 34 minutos. Castigo pesado para os campeões da Europa e do Mundo, que ao intervalo até tinham enviado duas bolas ao ferro, ambas por David Villa.

Del Bosque começou a alterar a equipa ao intervalo. Porém, apenas aos 84 minutos conseguiu frutos, depois de Di María ter um golo (bem) anulado. Fernando Llorente reduziu para 3-1. Só que outro avançado argentino a jogar em Espanha, como Messi e Higuaín, iria voltar a pôr a diferença nos três golos. Heinze cruzou na esquerda e Kun Aguero saltou para bater Valdés, que tinha substituído Reina.

Eis os onzes iniciais:

Argentina: Romero; Zanetti, Demichelis, Gabriel Milito e Heinze; Mascherano, Banega e Cambiasso; Messi, Higuaín e Tevez.

Espanha: Reina; Arbeloa, Piqué, Marchena e Monreal; Busquets, Xabi Alonso e Fábregas; Silva, Villa e Iniesta