A imprensa argentina faz, esta quinta-feira, uma apreciação geral negativa do encontro amigável com o Egipto disputado quarta-feira no Cairo. A crítica cai sobretudo sobre a falta de espírito de equipa, sobre o seleccionador Alfio Basile e sobre o jogador do F.C. Porto, Lucho González. O outro portista, Lisandro López, foi quase esquecido.
O Olé, por exemplo, perde-se em elogios ao jovem Agüero, dá nota negativa a Lucho e elege Cavenaghi para o futuro: «Com este golo, contando com o clube e a selecção, soma 22 golos nesta temporada, apenas mais um que Licha López, que faz dele o maior goleador argentino da actualidade».
Sobre o médio portista diz: «Lucho: (4,5) Começou bem, jogou 15 minutos a um bom nível e até tentou o golo. Mas logo perdeu o protagonismo e terminou o jogo nas alas». Sobre Cavenaghi: «25 minutos parecem pouco para quem é o goleador do futuro». De Lisandro nem uma linha.
A agência de notícias Mega24 menciona desta forma os argentinos do F.C. Porto: «Com Lucho González e Maxi Rodríguez perdidos no campo, deixando Agüero e Júlio Cruz mal apoiados, a Argentina não atacava bem e não conseguia dominar a bola». «Os minutos finais serviram para Cavenaghi, Lisandro López e Zabaleta jogarem uns minutos», acrescentou.
O jornal El Ciudadano afirma que a selecção «ganha, mas não agrada» e não reconhece Lucho como um potencial organizador: «A Argentina foi uma equipa sem figuras, sem um patrão de jogo, mas a categoria individual foi suficiente para superar o bicampeão africano».
Os diários La Razón e La Gaceta destacam os valores individuais da equipa e criticam Lucho González: «Com problemas no meio-campo (Lucho González está longe de ser Juan Román Riquelme) a selecção teve demasiados inconvenientes».
O generalista La Nación aprecia negativamente a exibição do nº 8 portista:
«O lugar de Riquelme foi ocupado por Luís González, que não se moveu como um médio clássico, pois teve liberdade para trocar de posições pela direita e pela esquerda com Maxi Rodríguez. Lucho González influenciou pouco o funcionamento, tanto a organizar jogadas como nas ocasiões que pisou a área rival».
Alfio Basile «esquece» Lucho e justifica poucos minutos de Lisandro
O seleccionador argentino destacou a importância de testar novas opções e analisou desta forma o meio-campo da equipa, esquecendo-se do nome do portista Lucho González: «Foi bom podermos fazer alguma rotação, verificou-se uma interessante integração dos médios Fernando Gago, Javier Mascherano e Maxi Rodríguez».
Questionado acerca dos poucos minutos dados a jogadores como Lisandro López, Alfio Basile justificou as suas opções: «É importante observar jogadores, não só dentro do campo, mas também fora, conforme se vão integrando no grupo».