O jogo entre o Godoy Cruz e o San Martin Tucuman, do Torneio Clausura da Argentina, deu empate (1-1) mas não acabou nos 90 minutos. Foi interrompido mesmo aos 63 pelo árbitro Diogo Abal, por causa de confrontos entre os fãs do Godoy e a polícia argentina. Abal admitiu que suspendeu a partida porque «a polícia dava garantias de segurança fora do estádio, não dentro.»
De acordo com a imprensa argentina, tudo terá começado ainda no Torneio Apertura, quando os adeptos de ambas as equipas se provocaram seriamente. A vingança estava publicamente agendada para este jogo, através de fóruns na internet, pelo que a polícia argentina tomou precauções de superclássico: estavam «convocados» 870 agentes. Mas não foi suficiente e foram os próprios seguranças a participar na confusão.
Depois de terem escoltados os 150 tucumanos para dentro do estádio, sem problemas, foi no interior que tiveram que refrear os adeptos da casa. Alguns adeptos do Godoy lançaram-se para as redes de separação entre as bancadas, perto do intervalo, e a confusão eclodiu. A polícia recorreu a balas de borracha e foi atacada com pedras. A batalha durou até aos 18 minutos da segunda parte, altura em que o jogo foi suspenso.
Apesar dos registos de violência «crónica» na Argentina, esta foi a primeira partida interrompida em 2008/2009. Com feridos ligeiros dos dois lados da «barricada» e fortes discussões entre os dirigentes, o diário desportivo Olé intitula este acontecimento como «triste e previsível».