A alternância de resultados deixou tudo em aberto até ao fim e houve finais distintos na Arena Rostov. Em campo já apurada, a Croácia venceu a Islândia por 2-1, fez o pleno e confirmou o primeiro lugar do grupo D, no qual os nórdicos ficaram eliminados e no último lugar. Tudo para uns, nada para outros.

Com o principal objetivo arrumado nas primeiras duas jornadas, Dalic mudou nove dos onze titulares em relação à categórica vitória ante a Argentina. Afinal, além do descanso físico, cinco deles estavam amarelados: Vrsajlko, Rakitic, Brozovic, Mandzukic e Rebic.

Só Modric e Perisic resistiram no onze, perante uma Islândia cedo fiel ao seu princípio de jogo. Dar a bola ao adversário, remeter-se serena ao seu meio campo, coesa a defender e à procura do ataque rápido.

E foi mais ou menos isso nos primeiros 20 minutos. Máxima nórdica acentuada pelo estilo croata: o gosto de ter a bola no pé, procurar espaços entrelinhas, ora pelo meio, ora pelas alas. Modric, como usual, a orquestrar a ligação defesa-ataque.

Só que o figurino mudou abruptamente até ao intervalo. A ameaça de Magnusson, após lançamento lateral (26m) despertou a Islândia e o líder do grupo retraiu como nunca.

Os nórdicos começaram a trocar melhor a bola, num ganho de confiança e oportunismo em lances de bola parada, cruzamentos e lançamentos longos para a área.

Até ao intervalo, não foi por falta de tentativas que os Vikings não empataram. A estrela Gylfi Sigurdsson ameaçou de livre, Finnbogason rasou a baliza e Kalinic voou para a defesa do jogo, a negar o 1-1 a Gunnarsson em cima do descanso.

FICHA E FILME DO JOGO

Crescimento islandês parecia vincar-se nos instantes após o reatamento, mas um remate de Badelj ao ferro (52m) foi o antídoto necessário. Um minuto bastou para o médio dar novo sinal, desta vez eficaz: um remate picado na área batia Halldorsson e a Islândia ficava mais longe do apuramento.

Talento ofensivo e ataque pela certa na Croácia, vontade infinita da Islândia. Só que, com o 1-1 no Nigéria-Argentina, eram precisos três golos para virar o resultado e a qualificação.

Na resposta, Ingason deu exemplo de cabeça e quase empatou duas vezes. Estava lá Kalinic, primeiro. E depois o ferro.

Hallgrímsson abdicou de Ragnar Sigurdsson e lançou Sigurdarson para a frente. Colocou três defesas e reforçou o ataque a um golo que só de penálti apareceu. Gylfi Sigurdsson relançou o jogo e o grupo para o último quarto de hora.

A verdade é que os Vikings pouco mais conseguiram ameaçar e até foi a Argentina a “ajudar”. O 2-1 sul-americano no outro jogo deixava os islandeses não a dois, mas a um só golo marcado dos «oitavos». Só que o dito foi sofrido, à custa de uma recuperação de Badelj aproveitada por Perisic, em cima dos 90 minutos.

A Croácia limpa o grupo e deixa o gelo islandês pelo caminho.