A Argentina insiste em ser constante neste Mundial do Brasil. Favorita à vitória no Campeonato do Mundo e reconhecida como uma seleção cheia de atacantes dos melhores que há no mundo, os «albicelestes» voltaram a vencer, mas voltaram também a vencer sem deslumbrar permitindo – como em todos os jogos que disputaram até aqui – uma incerteza no resultado até aos minutos finais.

O jogo desta terça-feira foi mais um desta campanha em que os últimos minutos do tempo jogado foram onde tudo se decidiu: a ficha do Argentina-Suíça.

Logo no jogo de esteia neste Campeonato, os cinco minutos finais foram de muita incerteza quando o golo da Bósnia deixou o resultado numa diferença mínima. Frente ao Irão, os argentinos ganharam já no tempo de compensação. E só com a Nigéria o resultado do jogo foi construído bem mais cedo – mas também nessa última partida do Grupo F, a vitória foi por diferença mínima: o calendário do Mundial.

Nestes 16 avos de final, a Argentina manteve a sua constância de uma equipa que não consegue ganhar de forma descansada – mesmo que isso não signifique que tenha (alguma vez) sofrido para ultrapassar um adversário melhor (que ainda não encontrou). E assim, também, Lionel Messi voltou a ser eleito o «homem do jogo» - o que aconteceu em todos os jogos da Argentina.




Messi já foi totalmente decisivo noutros jogos deste Mundial. Nesta terça-feira repartiu as decisões com Di María – o jogador que acabou por marcar o ritmo vitorioso dos «albicelestes» na altura do jogo em que tudo acabou por ficar decidido: como se pode conferir na crónica do Argentina-Suíça.

As estatísticas oficiais do jogo – no site da FIFA – mostram estes números semelhantes:



Aqui, pode ver-se o forcing de Di María para chegar ao golo:




O selecionador argentino destacou que «quanto mais o tempo passava, mais Di María corria». Mas, além da genialidade do antigo jogador do Benfica, resulta evidente deste jogo que, apesar da estatística e do golo da vitória, tanto ele como esta Argentina de Sabella jogam guiados pela sombra de Lionel Messi – como acabou por acontecer quando lançou o médio do Real Madrid para o triunfo da equipa.



E é esta a Argentina de Sabella que joga sob o rótulo acusatório de defensiva
que já veio refrear as pretensões ao título de Campeã do Mundo. Nas palavras do próprio selecionador.




A Argentina disputou o sétimo prolongamento num Campeonato do Mundo e saiu vitoriosa pela sexta vez – em números absolutos, que incluem os quatro desempates por pontapés da marca de grande penalidade. Nas três vezes em que a eliminatória ficou decidida logo
no prolongamento, os argentinos seguiram sempre em frente - nos penáltis, passaram em três vezes e só a Alemanha conseguiu eliminar os «albicelestes».