Amostra de futebol muito pobre este domingo em Arouca, com o Paços de Ferreira, em tarde de (re)estreia de Henrique Calisto a beneficiar mais do nulo obtido depois de hora e meia de muito pouca inspiração. Mas a vitória, a ter sorrido aos forasteiros, ter-lhes-ia assentado bem.

Os castores, que poderiam ter acusado a mudança de comando técnico, mostraram não ter rompido ainda com o passado recente, mas pareceram, surpreendentemente, mais tranquilos do que os antagonistas, pese o lugar menos confortável na tabela.

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Os arouquenses dominaram territorialmente, procuraram fazer o que lhes competia em casa, mas surgiram com pouca ligação entre os setores, muita previsibilidade de movimentos, e apenas um Ceballos a remar contra a maré.

Do outro lado, o coletivo também ainda não está afinado, mas individualidades como Bebé ou Manuel José mostraram, pelo menos, mais codícia pelo golo. Que o diga Cássio que, a meio da primeira parte, teve de voar para evitar um grande golo do avançado do Manchester United.

O Arouca também se pode queixar de um golo anulado a Paulo Sérgio, por pretenso fora-de-jogo, que deixou dúvidas. De qualquer forma, os homens da casa foram claramente perdendo gás com a chegada do intervalo, enquanto os forasteiros foram subindo o bloco e colocando Cássio à prova

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Pedro Emanuel tardou em mexer na equipa, mantendo-se o impasse, que, naturalmente, favorecia sobretudo os castores. O festival de passes errados, perdas de bola, e jogadas sem tino atingia, por esta altura, o auge, e o nulo era o menos mau que poderia acontecer a ambas as equipas.

Mesmo assim, os castores voltaram a estar mais perto do golo nesta fase e Cássio foi, novamente, enorme entre os postes, negando o golo aos ex-campanheiros. O Arouca procurava o último assalto e, naturalmente, desguarnecia-se atrás.

Só que Nuno Coelho acabou expulso, depois de derrubar Bebé, que partia para o ataque com a equipa descompensada, e a estratégia teve de mudar, até porque os homens de Henrique Calisto mantinham a chama atacante ligada.

Os últimos minutos foram de puro caos tático, com Bálliu a falhar escandalosamente uma bola para golo de Tinoco e, na resposta, Cássio novamente a salvar o zero na baliza face a Irobiso.

Do mal o menos, Académica e Marítimo, equipas próximas de arouquenses e pacenses, perderam os respetivos jogos e, desta forma, mantêm-se à vista. Mas convirá que haja melhoras, de parte a parte, sob o risco de mais aflição. Ficam ainda alguns primeiros sinais de vida dos homens da capital do móvel, ainda que a carecerem de confirmação no futuro.