Cena curiosa na conferência de imprensa de Arsène Wenger. Após a derrota frente ao Olympiakos de Marco Silva, na Liga dos Campeões, o guarda-redes Ospina foi alvo de críticas. Nesta sexta-feira, o treinador do Arsenal defendeu a sua escolha.

Com Petr Cech como alternativa, depois de sair do Chelsea, Wenger preferiu o guarda-redes da seleção da Colômbia. Esta manhã, o técnico francês respondeu a várias perguntas - do mesmo jornalista, algo impensável em Portugal -. sobre o tema.

«Eu não sei como fazem o vosso trabalho, tomam decisões porque têm mais informações que eu. No meu trabalho é ao contrário. Podem não saber, mas eu não questiono, eu aceito as vossas avaliações. Não tenho de vos dar todas as informações sobre as decisões que tomo.»

A certa altura, Arsène Wenger foi questionado sobre a forma como deve ser responsabilizado pelas suas escolhas. As respostas ficaram mais curtas, o treinador parecia saber qual era o foco daquela linha de interrogatório.

«Guarda-redes? Eu tomo a decisão que considero acertada em cada dia»
 
«Responsabilidade? Sou responsável pelos resultados da minha equipa e as exibições.»

Se devia ser mais responsabilizado? Já dei a resposta a essa pergunta.»

O ponto de rutura surgiu com a referência clara a José Mourinho, como Wenger estava de certa forma à espera.

«Acho que neste país só um treinador não está sob pressão», disse o português do Chelsea, na semana passada.

«Pare com essa história ou vamos acabar com a conferência de imprensa», ameaçou Wenger, de pronto.