Depois da estreia nos Jogos Olímpicos de Sydney, o atirador Custódio Ezequiel volta ao grande palco com a ideia de que esta poderá ser uma despedida. «Provavelmente vou deixar a alta competição a seguir às Olimpíadas, a não ser que tenha êxito e consiga uma medalha, aí seguramente que não consigo deixar», diz.
À partida, Custódio Ezequiel aponta à final do fosso olímpico, o seu grande objectivo, mas sempre vai dizendo que quer mais. «Estar na final dá-me satisfação, mas não me dá mais nada. Interessante seria mesmo chegar ao pódio e, indo à final, tudo pode acontecer», confessa, ele que carimbou o passaporte para Atenas há mais de um ano.
Para os Jogos de 2004, Custódio Ezequiel pede «sorte e inspiração» e junta a isso três treinos práticos diários e exercícios físicos ao final da tarde. Tudo para se apresentar ao mais alto nível em Atenas. Agora é esperar que na Grécia façam o mesmo porque o atirador já fez uma prova de reconhecimento no recinto olímpico e ficou de pé atrás. «Como estava na altura, penso que será muito difícil aprontar as coisas a tempo, mas eu sou um optimista e pelo menos a parte técnica penso que estará bem», antecipa.
Custódio Ezequiel
Idade: 42 anos
Profissão: comerciante de carnes e mediador imobiliário
Modalidade: Tiro com Armas de Caça - Trap 125
Clube: Clube Português de Tiro a Chumbo
Treinador: José Geraldes de Oliveira
Presenças Olímpicas: Sydney 2000 (18º lugar)
Memórias Olímpicas:
«Sofre-se muito quando não se atira bem. Passei dias de martírio em Sydney.»
«Fiquei muito sensibilizado na final, que foi ganha por um australiano e onde se viu todo o carinho do público da casa. Foi uma final lindíssima.»
Qualificação para Atenas: Junho de 2003 (Taça do Mundo, em Espanha)
Partida para Atenas: 9 de Agosto
Objectivo para Atenas: ir à final e, quem sabe, tentar uma medalha