O jogo foi a 8 de dezembro de 1996, o pedido de desculpas mais de 25 anos depois. Naquele domingo, Diego Simeone agrediu um colega de profissão (vídeo no final da página), num Athletic Bilbao-At. Madrid. Julen Guerrero era não só um dos melhores jogadores bascos, era um futebolista admirado por toda a Espanha, mas nesse dia sentiu a fúria do argentino.

Ora, 25 anos depois, Simeone, hoje treinador dos colchoneros, admitiu que errou, num documentário da Amazon.

«Não esperava que isto acontecesse. Para mim, é uma ação que esqueci por completo há muitos anos. Nunca lhe dei mais importância. Foi algo que sucedeu e pronto, não é preciso estar a voltar a isso», disse agora Guerrero, à Cadena Ser.

«Creio que Simeone foi sincero e isso é bom. Agradeço-lhe. Mas acredito que nem a ele, nem a mim... são coisas de há 25 anos. Há coisas atuais mais importantes para ambos falarmos»

Guerrero insistiu na tecla. «Nunca é tarde para este tipo de coisas. Agradece-se e é uma forma de virar a página. Aconteceu assim e ponto final, um lance de jogo e cada um seguiu a sua vida.»

No documentário "Simeone, Vivir partido a partido", o argentino diz que aquela foi «uma reação desnecessária» e completou: «Sempre fui forte, sempre fui temperamental... mas isso é uma agresão. Obviamente está mal. Nunca mais nos cruzámos e nas vezes em que jogámos contra o Athletic de Bilbao ele não veio para eu ter essa oportunidade de, pelo menos, pedir desculpas. Embora eu creia que por vezes há coisas que nem pedindo desculpas. Sim, pedes perdão... mas o que está mal, está mal.»