Campeã europeia e sexta classificada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no triplo salto, Patrícia Mamona não esconde o sonho que tem para os próximos Jogos, que vão realizar-se em 2020 em Tóquio, no Japão.

«O objetivo é sempre conquistar uma medalha olímpica, mas ficaria contente se fizesse um quinto lugar e 14,66 [um centímetro acima do atual recorde pessoal e nacional]. Na minha cabeça tenho sempre de pensar em ir lá para vencer», disse aos jornalistas logo após uma conversa na feira tecnológica Web Summit, em Lisboa, onde partilhou a sua experiência de atleta amadora para profissional e recordou os tempos em que rumou aos Estados Unidos para estudar medicina e onde começou a acreditar mais que poderia chegar ao topo

Numa entrevista conduzida por James Hart, editor de desporto do Guardian, e na qual esteve presente o pugilista britânico Luke Campbell, campeão olímpico em 2012, a atleta do Sporting aproveitou para deixar uma mensagem a quem quer atingir patamares elevados na alta competição. «Se acreditarem verdadeiramente numa coisa, vão em frente. Pode demorar tempo, mas vão chegar onde querem. É preciso paciência», disse, lembrando o exemplo dela própria, que admite não ter as características-tipo de uma atleta da especialidade. «Não sou muito magra nem alta, mas estou aqui.»

Logo a seguir, em declarações aos jornalistas, Patrícia Mamona voltou a falar sobre a recente transferência de Nelson Évora do Benfica para o Sporting. «Foi uma surpresa. Não estava à espera, mas agradou-me bastante. As mudanças fazem parte. Isto já tinha acontecido há cerca de seis anos quando o Benfica fez uma equipa muito forte ao nível masculino. Agora chegou a nossa vez. Continuo no Sporting, que é um clube que me tem dado todos os apoios para conseguir progredir», disse.