O presidente exonerado do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Augusto Baganha, considera que o seu substituto, e até agora vice-presidente, Vítor Pataco, beneficiou o Benfica ao reter o processo que levou à interdição do Estádio da Luz.

Em entrevista à SIC Notícias, Augusto Baganha afirmou mesmo que teve que avocar, ou seja, trazer de volta para a sua competência o processo que tinha delegado em Vítor Pataco precisamente por este não estar a cumprir o que estava previsto na lei.

«Quando se dá a interdição do campo, eu tive necessidade de avocar o processo. Era algo que estava na competência, que se tratava de regulamentos de segurança, do meu colega ou ex-colega do conselho diretivo, que agora vai assumir as funções de presidente, mas fui eu que as tive que avocar», afirmou Baganha.

«Havia aqui algo que tinha a ver com o cumprimento da lei e que não pode aqui haver entidades beneficiadas neste caso», frisou, explicando: «[Vítor Pataco] ao reter esse processo o Benfica beneficiou com isso, porque continuava a praticar a ilegalidade».

O anterior Conselho Diretivo do IPDJ era liderado por Augusto Baganha e integrava Vítor Pataco, como vice-presidente, e os vogais Carlos Pereira e Lídia Praça. Além de Augusto Baganha, também Lídia Praça foi demitida pelo Governo. Vítor Pataco e Carlos Pereira continuam, uma decisão da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto que surpreende Augusto Baganha.

«É apresentada uma fundamentação e há dois que não servem e dois que servem...», comentou.

Questionado sobre que justificação encontrada para a decisão, o presidente exonerado afirmou: «Terá que perguntar a quem os escolheu. Pode ser por serem pessoas com alguma postura ou atitude mais favorável...»

Favorável ao Benfica, perguntaram os jornalistas em seguida, ao que Augusto Baganha afirmou: «Talvez», tendo também afirmado: «Favorável a quem os escolheu].