O pedido da Austrália para abandonar a zona da Oceânia e passar a integrar a Confederação Asiática de Futebol (AFC) foi aceite, naquele que é o primeiro passo para a «mudança» de continente desejada pela Austrália. O processo depende no entanto de aprovação da FIFA.
«A comissão executiva da AFC aceitou, por unanimidade, a entrada da Austrália na sua estrutura. Acredito que vai ser benéfico para todos a sua inclusão, porque vai melhorar a imagem do futebol asiático», declarou Mohamed Hamman, presidente da AFC, admitindo no entanto que a Federação australiana terá de formalizar o pedido de desvinculação da Oceânia e de adesão à AFC, seguindo-se depois a decisão da FIFA.
Frank Farina, seleccionador da Austrália, considera esta mudança «necessária», já que permite aos «Socceroos» jogar com adversaries mais cotados e ter mais hipóteses de qualificação para o Campeonato do Mundo.
O vencedor da zona da Oceânia é obrigado a disputar um «play-off» com uma congénere sul-americana para definir quem estará presente no Campeonato do Mundo, enquanto a Ásia tem quatro lugares directos e disputa ainda um lugar adicional com uma equipa europeia.
A Austrália é claramente a equipa mais forte da Oceânia (ficou famosa a vitória por 31-0 sobre a Samoa Americana na campanha do Mundial 2002), mas não tem conseguido chegar à fase final do Campeonato do Mundo.
Os vizinhos da Austrália não se mostram no entanto satisfeitos com a ideia. «Somos a mais frágil das seis confederações da FIFA e sem a Austrália ainda seremos mais», disse Graham Seatter, presidente da Federação Neo-Zelandesa de Futebol.