Segredo absoluto. Nem uma imagem, nem uma informação clínica objetiva sobre o seu estado de saúde. Pouco se sabe sobre Michael Schumacher desde que no final de 2013 sofreu um gravíssimo acidente numa estância de esqui

Corinna, a companheira de sempre e mãe dos seus filhos, tem sido uma das mais reservadas. Aceitou quebrar a regra para colaborar num documentário da Netflix chamado, precisamente, Schumacher. Não era preciso mais, de facto.

Todos sabem quem é O Schumacher. Michael continua a sê-lo. 

«Claro que tenho saudades do Michael todos os dias. Mas não sou só eu. Os filhos, a família, o seu pai, todos os que o rodeiam têm saudades dele. Mas o Michael está aqui. De maneira diferente, sim, mas é isso que nos dá força para seguir em frente», afirma Corinna Schumacher, a dada altura do documentário. 

Como dizíamos, não há uma única imagem de Schumacher depois do acidente. Nem no hospital, nem em casa. E continuará a ser assim, apesar do apelo voyeurista dos media. 

«Estamos juntos, fazemos a terapia e tudo o que é possível para que o Michael melhore. Queremos que ele esteja confortável e que sinta que a família está ao lado dele. Não importa mais nada, faremos tudo o que pudermos.»

Michael superou retas vertiginosas, chicanes traiçoeiras e ultrapassagens kamikazes. No dia em que se feriu gravemente a esquiar, ao bater com a cabeça numa pedra, foi forçado a travar bruscamente. Corinna, principalmente ela, tem sido o amparo do alemão campeão do mundo de F1 em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. 

«Acho que o Michael gostaria que as coisas fossem assim. A vida privada é a vida privada e ele disse sempre isso. Quero que ele aproveite essa privacidade. O Michael sempre nos protegeu e agora é a vez de o protegermos a ele.»

Michael Schumacher tem 52 anos. Há oito anos a sua vida mudou para sempre.