«Estão todos à espera que diga que é importante ganhar. Não. Isso não é o mais importante! O mais importante é a equipa manter a mesma postura, carácter, dignidade e união que demonstrou em Aveiro, para querer ganhar o jogo. Seguramente, se conseguirmos esses princípios que tivemos contra o Beira-Mar e que também já tínhamos demonstrado aqui no nosso grito de revolta com o Olhanense, estaremos mais próximos de ganhar», pede Carlos Azenha aos seus jogadores, segunda-feira, às 20h15m, na recepção do Portimonense ao Nacional da Madeira.

Animado pela vitória em Aveiro, o Portimonense renovou esperanças na manutenção. «Já nos davam como mortos mas o nosso departamento médico, com a qualidade que tem, conseguiu dar-nos uma injecção, estamos meio moribundos como alguns querem, mas ainda estamos vivos. Enquanto nos mantivermos assim, ainda vivos, vamos continuar a trabalhar acreditando que ainda é possível», avisa Azenha, contando com o apoio dos adeptos nesta luta pela sobrevivência: «Também teremos que fazer um bom jogo para dedicar aos nossos adeptos. É importante ganharmos no nosso estádio, já merecemos ter duas vitórias consecutivas.»

Diante do Nacional, Carlos Azenha pretende manter a onda positiva da sua equipa, que, no seu entender, não tem conseguido conciliar os resultados com as exibições. E dá alguns exemplos disso: «Congratulo-mo pela forma como o Paços de Ferreira foi ao campo do Nacional criar oportunidades, e desafio a verem a gravação do jogo Portimonense-Paços de Ferreira, e digam-me se eles tiveram essas oportunidades connosco. Peguem também nos jogos da Naval com o Sporting e com o V. Guimarães, e vejam quantas oportunidades a Naval teve connosco. Isto são realidades mas há outros factores que podem pôr a equipa mais num lado do que noutro. Estamos a construir o nosso processo mas falta-nos ganhar, e ganhando as coisas tornam-se mais fáceis, os jogadores acreditam mais, o aspecto psicológico passa a preponderar pelo lado positivo e não pelo negativo, e todos sabemos que os aspectos emocionais podem contrapor obstáculos. E é essa parte emocional positiva que pode transportar a equipa para os nossos objectivos. E isso só se consegue ganhando», argumenta.

Agora, «a união do grupo é importante» devido à situação classificativa do Portimonense, aspecto que o treinador relevou na vitória frente ao Beira-Mar, triunfo que «aumenta os níveis de esperança e entusiasmo» para assegurar a manutenção.