A inspiração surgiu depois de Quaresma ter sido considerado a decepção do ano em Itália. A redacção do Maisfutebol pegou no conceito da RAI e começou a olhar para os relvados portugueses. Os italianos têm o «bidão», nós vamos passar a ter o «pimbolim».

Prestamos, por isso, homenagem a Luiz Felipe Scolari, um viajante brasileiro que emprestou o termo delicioso aos nossos adeptos. Um «pimbolim» é algo mais do que um simples matraquilho. É, antes de mais, um matraquilho com uma entoação interessante. Logo, tem piada. E isso basta-nos.

Fomos à procura das maiores decepções do ano de 2008 e elegemos cinco nomes, numa votação renhida. Tantos outros ficaram pelo caminho, porque falhar uma contratação é como falhar um golo de baliza aberta: só acontece a quem lá está.

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Aqui ficam os cinco nomeados do Maisfutebol para o «pimbolim» do 2008, ou seja, a contratação menos feliz da época, num equilíbrio nem sempre claro entre as expectativas depositadas e os argumentos comprovados nos relvados da Liga. Vote num destes cinco, ou acrescente mais algum nome a esta lista. Para ajudar, deixamos uma breve explicação:

Benítez (F.C. Porto): Os dragões pagaram um milhão de euros por metade do passe. Benítez era suplente do Lanús, mas levou com o chamado benefício da dúvida. O F.C. Porto tinha vagas à esquerda, portanto fazia sentido. Jesualdo Ferreira nem hesitou. Uma oportunidade. E outra. E aqui vai mais uma. Tenta-se Fucile. Tenta-se Lino. E, pronto, só mais uma. O capital de confiança perdeu-se. Para sempre?

Balboa (Benfica): Custou quatro milhões de euros ao Benfica. A verba, por si só, bastava para elevar as expectativas em torno do médio direito. Depois, vinha do Real Madrid. Aliás, tinha feito alguns jogos pela equipa principal, com pormenores interessantes. Contudo, no Estádio da Luz, pouco mostrou. Tem velocidade, boas intenções, mas ficou-se por aí, até ao momento. «Os adeptos do Benfica ainda não viram o verdadeiro Balboa», disse o próprio. Nós também não...

Rochemback (Sporting): Foi um namoro longo e prometia arrastar-se como um casamento de sonho, mas nem tudo é perfeito nesta nova relação entre o Sporting e Fábio Rochemback. Paulo Bento continua a acreditar, procura a melhor forma de encaixar o brasileiro no losango, mas Rochemback está pesado. E isso prende-lhe os movimentos. Logo, baixa a qualidade do seu futebol. Aquela corrida atrás de Hulk é apenas o exemplo mais flagrante. Foram 60 metros de desilusão (e pouquíssima velocidade).

Rentería (Sp. Braga): É qualquer coisa como um alvo de estimação, porque Rentería tem denotado utilidade e já marcou um par de golos importantes. Mas, no meio destes, falhou oportunidades suficientes (até em San Siro) para ser o melhor marcador dos campeonatos europeus. Seja azar, falta de sorte, infortúnio ou maldição, a verdade é que o avançado dos quadros do F.C. Porto não consegue afastar a imagem daquele golo falhado no Estádio da Luz, mal aterrou em Portugal.

Alicio Julião (Belenenses): «Sou o cão de guarda à frente da defesa. Espero ajudar a equipa a fazer um bom campeonato e garantir um lugar na UEFA ou mesmo na Champions», disse o médio formado na União Recreativa dos Trabalhadores à chegada a Portugal. Escolhemos Alicio Julião pelo nome, é verdade, pela piada da coisa, mas assume-se como símbolo de uma política infeliz do Belenenses no mercado de transferências. Alício, Júnior Negão, Vanderlei, Edimilson ou Evandro Paulista, pode escolher. Chegaram no Verão e já foram dispensados.

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