Simão Sabrosa visitou nesta segunda-feira o Estoril Open e admitiu aos jornalistas presentes que a sua carreira de jogador deve ter chegado ao fim. Aos 35 anos e sem clube desde a época passada, quando saiu do Espanhol de Barcelona, o antigo internacional português está preparado para arrumar as chuteiras.

«Estou em reflexão e a aproveitar a família e o país Estou há 10 meses sem competir e tenho 35 anos. No futebol é ser velho. Sinto-me capaz, mas são decisões e não apareceu nada de interessante», começou por dizer.

Em declarações reproduzidas pela Agência Lusa, Simão fez já um balanço da sua carreira: «Fiz uma carreira brilhante. Consegui chegar onde cheguei graças ao meu trabalho. Se acabou, acabou, se não acabou vamos dar continuidade, mas tenho noção de que é muito complicado e é difícil.»

«Vou querer continuar a estar ligado à minha paixão, que é o futebol. Sempre achei que ser treinador não fazia parte do meu futuro. Vou pensar. Estou a ver todas as possibilidades em que me posso encaixar. Tenho plena consciência de que, enquanto profissional de futebol, foi tudo maravilhoso e fantástico e consegui chegar onde cheguei», rematou o extremo.

Espetador atento do clássico, Simão Sabrosa lembrou que o empate entre Benfica e FC Porto (0-0) serve os interesses encarnados: «Não houve grandes oportunidades e o Benfica conseguiu o que queria que era não sofrer golos e manter a vantagem em relação ao Porto. Faltam jogos, é certo, mas ontem foi um bom teste e um ponto importante para o Benfica. Como espetáculo adorei ter estado no Estádio da Luz, com aquele ambiente, mas como clássico não foi um jogo com muitas emoções.»

«O título não está entregue, mas sem dúvida de que quem vai à frente é sempre justo. O Benfica está em primeiro há muito tempo, tem mais pontos e até agora é justo estar no primeiro lugar», salientou o jogador.