E terminou. O Benfica é tricampeão nacional e conquistou o 35º título nacional da sua história, depois de uma reta final disputada ao centímetro com o Sporting. A equipa de Rui Vitória nunca vacilou, fez a sua parte e, pelo terceiro ano seguido, abriu o champanhe.

Desde 1977 que o Benfica não ganhava três campeonatos seguidos. O triunfo frente ao Nacional, por 4-1, com bis de Nico Gaitán, deu o primeiro campeonato da carreira a Rui Vitória, no primeiro ano em que orientou uma equipa com essas aspirações.

O Sporting esteve muito perto de voltar a festejar um título nacional, mas acabou batido pela ponta final do Benfica que engloba mais, até, do que toda a segunda volta: nos últimos 21 jogos, venceram 20. Incrível, de facto.

Assim, a goleada em Braga, por 4-0, com Bryan Ruiz como grande figura, apenas serviu para fixar em 86 o máximo de pontos leoninos numa edição do campeonato. Ou seja, o Sporting foi campeão duas vezes desde que a vitoria vale três pontos, mas nunca tinha chegado a esta marca, que, agora, só deu o vice-campeonato.

Quanto ao FC Porto, na estreia do futebol ao sábado de manhã no Dragão, goleou também o Boavista, num dérbi da Invicta apenas para cumprir calendário. O golo de André Silva, que fechou o marcador, foi o momento do jogo.

De resto, o destaque óbvio vai para Rio Ave e Tondela. Os primeiros garantiram a última vaga nas competições europeias, ao terminarem a Liga em sexto lugar, vencendo o União da Madeira fora de portas, com Hélder Postiga a vestir a capa de herói.

Esse resultado ajudou, e muito, à festa do Tondela. Quem diria? Depois de ter estado quase com os dois pés na II Liga, a equipa de Petit renasceu, conseguiu uma reta final brilhante e salvou-se com uma vitória caseira (2-0) frente à condenada Académica. Pica, que apareceu em vários momentos chave, voltou a…picar o ponto. O Tondela ganhou, assim, direito à segunda época da sua história na Liga.

Quem desceu foi mesmo o União, uma vez que o V. Setúbal empatou com o Paços de Ferreira, sem golos, e, mesmo com uma segunda volta muito abaixo da primeira, garantiu o objetivo da manutenção, enquanto o Paços e o Estoril, derrotado pelo Belenenses, ficaram à porta.

Por fim, o Arouca festejou o inédito apuramento para a Liga Europa com um empate com o V. Guimarães, recuperando de uma desvantagem de 2-0, enquanto o Moreirense roubou sobre a meta o 12º lugar ao Marítimo, graças a um bis de Rafael Martins, o único ponta de lança que marcou mais de uma vez nesta última jornada da Liga.