Os sintomas apontavam todos para este desfecho. A separação entre Ibrahimovic e o Manchester United é oficial, acontece a poucos meses do fim da época, mas não surpreende ninguém. 

Ibra jogou pela última vez com a camisola do United no boxing day: 26 de dezembro de 2017, 45 minutos contra o Burnley. Não voltou a ser chamado, apesar de não estar lesionado. Percebeu-se que a motivação já não era a ideal e a cabeça apontava a outras latitudes: Los Angeles? 

53 jogos, 29 golos em jogos oficiais com a camisola do Manchester United. Números brutalmente limitados pela lesão sofrida em abril, no final do jogo contra o Anderlecht. 

Nessa noite de Liga Europa, Zlatan ainda apresentava em campo a melhor versão. Mas o joelho não resistiu à gravidade do problema e, naturalmente, à provação imposta pelos 36 anos. 

Uma Liga Europa, uma FA Cup e uma Taça da Liga. Num ano e meio de United, três troféus. Mas muitas exibições brilhantes, claro, muitas declarações fortes, à Ibrahimovic. Logo a partir do primeiro dia. 

«Espero que saibas que Deus chegou», disparou contra o pobre roupeiro que o esperava no primeiro treino. «Antes de se partir a rir», como conta Juan Mata. Ibrahimovic é assim. 

Estreou-se a 7 de agosto de 2016, contra o Leicester, e logo com um golo. A 16 de fevereiro de 2017 conseguiu o único hat-trick, na receção ao Saint-Etienne para a Liga Europa.    

Foi o primeiro jogador do United a marcar mais de 20 golos numa temporada depois de Robin van Persie  e passou a ser o jogador mais velho a marcar mais de 15 golos numa edição da Premier League. 

Conseguiu nunca ser expulso e estabeleceu uma ligação de quase irmandade com José Mourinho. Agora acabou. 

A próxima paragem, dizem em Inglaterra, será a MLS. Ibrahimovic sai conformado e, asseguram, de coração desfeito. Isto se Zlatan tiver um.