Mourinho superou Pep Guardiola, Ronaldo superou Messi. Vitória portuguesa a toda a linha no clássico do futebol espanhol (1-2). Título ao alcance de um Real Madrid com fibra de campeão.

Este é, de facto, o maior espectáculo do Mundo. Nestes momentos, percebe-se quem tem qualidade para errar menos quando mais importante. Nesse capítulo, Mourinho e Ronaldo bateram Guardiola e Messi, reforça-se.

FICHA DE JOGO

O jogo começou com o Real Madrid por cima e mostrou a sua face quando o Barcelona conseguiu, finalmente, responder. «Calma», gritou CR7, um berro sereno na comemoração do seu golo, o 1-2 que anulava rapidamente a reação catalã. Camp Nou silenciado.

Foi o segundo triunfo para José Mourinho sobre o inimigo da Catalunha, desde a sua chegada a Espanha. É certo que foi goleado na anterior visita para o campeonato (5-0), mas garantiu neste sábado a vitória mais saborosa, daquelas que valem títulos. Assim será.

Guardiola também erra (e muito)

Guardiola escolheu mal o onze. Começou a perder por culpa própria, percebendo-se à distância que Tello não tem qualidade para este tipo de confrontos, nesta fase. O banco do Barcelona tinha Piqué, Fabregas, Alexis Sanchéz. Muita gente com direito a reclamar um lugar na equipa.

Mourinho inventou menos e reforçou a sua confiança em Fábio Coentrão. O português silenciou todos os críticos, numa noite com poucos motivos de insatisfação. Até Pepe foi menos conflituoso que o costume, limpo, agressivo sem excessividade.

Seria Pepe, aliás, a abrir caminho para o primeiro golo do Real Madrid. Ao 17º minuto, o defesa luso-brasileiro subiu para obrigar Valdés a grande defesa, incompleta. Khedira, em posição duvidosa, aproveitou a imperdoável passividade de Puyol para balançar as redes.

O Barcelona não foi a melhor equipa do Mundo. Nunca demonstrou a mesma capacidade para encantar plateias e desnortear o adversário. O Real sabia tudo o que aí vinha, demonstrava personalidade que nem sempre tivera nas visitas à Catalunha.

Assim, a equipa de Guardiola demorou mais que o costume a responder. Tello, aposta e insistência incompreensível de Pep, falhou tudo o que lhe chegou aos pés e fez o mesmo no lance que redundou no 1-1. Valeu Alexis Sanchéz, acabado de entrar, a marcar à segunda.

Naquele momento, os adeptos do Real tremeram. A equipa não. Cristiano Ronaldo, contra todos que o reduzem a momentos de menor importância, isolou-se a passe de Ozil e bateu Valdés pela segunda vez. Triunfo assegurado, título a caminho.

O resto são números. Números do outro mundo. Sobraram 400 milhões de espectadores e vários registos para memória futura. Saiba tudo no Maisfutebol.

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