Na sequência do assalto a jornalistas portugueses, o responsável máximo pela polícia sul-africana viajou nesta quinta-feira até Magaliesburgo, para anunciar um reforço da segurança.

O General Bheki Cele começou por lamentar o incidente, mas acrescentou: «O nosso dever não é lamentar, é agir». Partindo desse pressuposto, sugeriu uma maior proximidade entre a polícia local e os meios de comunicação social que estão na região a acompanhar a Selecção Nacional.

Foram depois prometidas várias medidas com vista ao reforço da segurança, a começar por um maior número de efectivos. Haverá também bloqueios na estrada, para controlar os veículos em trânsito, e até um helicóptero para patrulhar a zona. As autoridades reuniram também o registo de pessoas da região que cometeram crimes, nos últimos seis meses, de forma a poder analisar eventuais novos casos. A promessa é de uma patrulha 24 horas por dia, dividido o dispositivo em duas equipas.

As autoridades sul-africanas querem ainda uma estreita colaboração com os donos dos hotéis. Cada um dos espaços terá um livro, no qual os polícias registam a sua visita, e anotam a existência (ou não) de qualquer anomalia.

Para além do incidente em Magaliesburgo, houve também registo de assaltos a jornalistas chineses e a três jogadores gregos. Um cenário preocupante, tendo em conta que o Mundial ainda não começou, embora o General Bheki Cele conserve a confiança. «O que aconteceu não vai alterar os nossos planos. Está tudo a correr bem, excepto este caso. Vou dar tudo o que me for possível. Só não posso dar a taça de campeão do mundo», acrescentou.