O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:
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Leia a apresentação de Barroca
JOÃO FERREIRA «BARROCA», SERVETTE (SUÍÇA):
«Olá mais uma vez a todos os leitores do Maisfutebol,
Neste momento encontro-me de ferias no nosso país uma vez que o campeonato na Suíça pára no Inverno devido às más condições climatéricas. Pelo que só regressarei lá mais para o final do mês.
Como o futebol está sempre presente na minha vida e eu faço questão que esteja, no primeiro fim-de-semana de férias fui ver o jogo que opôs a Académica de Coimbra ao Sp. Braga com um resultado negativo para a minha anterior equipa. Contudo houve algumas coisas positivas, pude rever alguns amigos que jogam na Académica e ao mesmo tempo vi o Éder pela primeira vez ao vivo a jogar em Coimbra, mas não pela Académica.
Torna-se inevitável nesta fase da época não falar do Éder, está a fazer uma grande época no Sp. Braga e tem sido chamado à nossa selecção. Tive o prazer de jogar com ele algumas partidas no Tourizense e posteriormente de ter sido seu colega de equipa na Académica.
Para quem o viu treinar, para quem privou com ele no futebol sabia que esta ascensão seria normal e na minha opinião até peca por tardia.
Há poucas semanas num programa da SportTV que falou sobre a vida do Éder, o mister Domingos Paciência disse que para o que o Éder queria e para o potencial que possui, tudo o que lhe aconteceu até agora ainda é pouco para ele. Partilho exatamente da mesma opinião, e acredito que o Braga é o clube ideal, que lhe fornece todas as condições de continuar a crescer e a evoluir no panorama do futebol Mundial.
Na minha passagem por Coimbra tive ainda o privilégio de ser treinado por André Villas-Boas, um dos melhores treinadores portugueses na actualidade.
À semelhança do Éder, quem trabalhou com ele sabia que iria ser um treinador que chegaria longe. Há coisas que não enganam, e quando a qualidade e a competência são tão elevadas o caminho para o sucesso está logo ali ao lado. É verdade que com ele também só jogavam 11 e depois entravam 3, mas posso dizer que mesmo os jogadores que não eram opção reconheciam a qualidade do treinador e a capacidade que ele tinha para manter todos motivados era impressionante.
No meu caso particular, eu era terceiro guarda-redes, mas o simples facto de ter o privilégio de ser orientado por um dos treinadores que viria a ser com certeza um dos melhores do país, era já por si só muito motivador para mim.
Ao mister André Villas-Boas o meu obrigado por me ter permitido estrear na primeira divisão do futebol nacional.
A todos os leitores desejo um Feliz Natal e um Bom Ano de 2013.
Até breve,
Barroca»