A figura: Bas Dost

Regressou o Chaves a Alvalade cinco meses depois da última visita e regressou um certeiro Bas Dost, 45 dias depois do último golo pelo Sporting, e logo com um hat-trick. O último dele? Adivinhe lá…frente aos flavienses, neste mesmo estádio, a 21 de maio. O holandês foi letal com duas cabeçadas certeiras, a primeira decisiva para afastar bem cedo preocupações leoninas e a segunda a assegurar que noite era tranquila em Alvalade. Depois, com o jogo já resolvido, coroou a noite com um hat-trick...de cabeça. Voou por cima dos centrais também no segundo tempo e levou a bola para casa. Mas Bas Dost não foi apenas um ponta de lança de área nesta noite, alguém que lá no alto fez a diferença. Pelo contrário, jogou com «fome», mostrou-se aos colegas e numa dessas ocasiões fez um passe tremendo a isolar Gelson. O primeiro golo de Acuña teve muito do holandês e o segundo teve ainda mais: o passe foi mesmo do 28. Faminto de bola, assistiu o argentino para o 4-0. Bas Dost elevou para sete os golos na Liga e se tinha perdido alguma confiança, recuperou-a todinha de uma só vez. O Sporting não precisou de chaves para abrir a porta da vitória. Arrombou-a à cabeçada.

O momento: minuto 6

O leão regressou a Alvalade, Podence regressava à titularidade e Bas Dost aos golos. Um canto de Bruno Fernandes voou para a área do Desp. Chaves onde um holandês surgiu para cabecear, logo aos seis minutos, fazer o 1-0 e deixar encaminhada a vitória leonina. Desbloqueado o jogo, o leão partiu para um triunfo tranquilo.

Daniel Podence

Irrequieto, meteu uma assistência na conta pessoal e só não tem outra porque Bas Dost resolveu falhar num dos lances mais bonitos do primeiro tempo. Daniel Podence celebrou mais um aniversário com o regresso à titularidade no campeonato depois da segunda jornada e com um bom desempenho do apoio ao holandês. O cruzamento para o 2-0 certifica-o, mas aquele passe por cima da defesa flaviense abrilhantou a exibição. No resto, até a defender esteve bem, mas foi sobretudo pelas tentativas de deixar os colegas com possibilidade de golo que recebeu uma ovação merecidíssima quando deixou o relvado aos 66 minutos.

Gelson Martins

Provavelmente, surgirá durante muito tempo nas televisões durante a semana, porque protagonizou um dos lances que mais comentários vai gerar. Simulação ou não, penálti ou não, erro ou não de Rui Costa, o que fica é que Gelson Martins desequilibrou outra vez. É escusado descrever outra vez como Gelson o faz, por isso, basta acrescentar que nesta noite fez mais um passe para golo. Era fácil procurar a glória das redes, mas, altruísta, Gelson Martins deu um dos golos mais fáceis que Marcos Acuña terá marcado na carreira. Pareceu simples, mas não é nada simples evitar a tentação.

Marcos Acuña

Dois golos, para se juntar à ofensiva verde e branca. Enquanto Gelson Martins e Podence contribuíram com várias jogadas de desequilíbrio, o argentino colaborou com números. O primeiro golo que fez foi fácil, serviço de Gelson e Bas Dost; o segundo já teve mais de Acuña: surgiu bem, na zona de finalização e rematou ainda melhor.

Piccini

Se houve goleada em Alvalade foi por causa de Piccini. o 4-0 nasce de uma arrancada do lateral-direito, que depois colocou para Bas Dost assistir Acuña. O quinto e último serviu para o italiano somar também ele uma assistência, com um belo cruzamento, a perceber bem o posicionamento de toda a gente na área e que, por cima, Bas Dost tem vantagem sobre quase toda a gente na Liga.

Davidson

Um destaque pelo golo. Brilhante execução. Um golo daqueles não pode passar despercebido, mesmo que tenha chegado no último instante de um jogo em que o Sporting goleou o Desp. Chaves sem contestação.