O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, foi acusado esta terça-feira pela justiça alemã de fraude fiscal, depois de vários meses de investigação e do próprio admitir que escondeu dinheiro no estrangeiro. Já em abril do presente ano, o dirigente bávaro chocou a Alemanha quando referiu que ele próprio, em janeiro, alertou as autoridades para uma conta que detinha na Suíça.

«O escritório do promotor de Munique II, concluiu a investigação e apresentou acusações ao respetivo tribunal», disse o Tribunal Regional de Munique, em comunicado nesta terça-feira. Hoeness, que poderá ser condenado a prisão, esclareceu que as contas nada têm haver com o clube bávaro e segundo o presidente é uma conta pessoal criada para o mercado de ações.

O presidente reconheceu que cometeu uma «infração grave» e garantiu que iria «reparar uma parte da sua falta». Angela Merkel, chanceler alemã admitiu estar «desiludida» com o presidente do Bayern, assim como muitos alemães.

Depois do escândalo que rebentou no inicio do ano, o sucesso dos bávaros nas várias competições onde participaram camuflou um pouco a situação do presidente que se foi mantendo na liderança do Bayern. Hoeness está há mais de quarenta anos ligado ao Bayern, onde já foi jogador, diretor geral e presidente do clube desde 2009.