O Beira Mar-Benfica do próximo domingo já está há muito tempo na agenda de Nuno Coelho. O médio emprestado pelos encarnados aos gregos do Aris esteve no mesmo regime ao serviço dos aveirenses na época passada e, como tal, tem amigos de ambos os lados.

«Só tenho jogo na segunda, por isso vou poder vê-lo de certeza. Penso que vai ser renhido. Por um lado, o Benfica a fazer tudo para ganhar, para se manter na luta pelo título, do outro um Beira Mar que sabe também que não pode perder pontos para conseguir a manutenção», analisa a pedido do Maisfutebol.

«O Benfica, ainda por cima, acaba de ser eliminado da Taça da Liga e tem de vencer, porque a época caminha para uma fase decisiva, e vai ser muito difícil que o F.C. Porto perca mais pontos. Já em Aveiro, não podem pensar que este é mais um jogo com um grande, porque não se podem dar ao luxo de perder uma oportunidade para pontuar», prossegue.

A mudança de comando técnico nos aurinegros também não escapou ao crivo do médio português. «Quando chega um novo treinador, traz sempre algo de novo. O mister Ulisses tentou fazer o melhor, mas agora com Costinha esperam-se novas ideias, métodos e conhecimentos.»

«Espero que consiga tirar a equipa desta situação, com toda a experiência que acumulou como jogador, em grandes clubes e com grandes treinadores», completou, perspetivando uma embate «muito interessante» entre duas equipas que lhe dizem muito. O ideal, está bom de ver, é que pudessem ganhar as duas.

«O meu objetivo é sempre regressar ao Benfica»

Na Grécia, Nuno Coelho não tem sentido muito os efeitos da propalada crise. «Acredito que as pessoas sintam dificuldades, mas isso não se vê muito no dia-a-dia. Os cafés estão sempre cheios e os restaurantes a mesma coisa. Penso que o povo grego leva as coisas de uma forma mais descontraída do que nós, por exemplo», observa.

Apesar da situação difícil do Aris (15º classificado) na Liga grega, fruto também de alguns problemas financeiros, o médio faz um balanço positivo em termos pessoais. Marcou o seu primeiro golo recentemente, dando a vitória sobre o Panathinaikos, e tem jogado com bastante regularidade.

«Tenho jogado sempre e o clube é um dos grandes da Grécia. Só isso já é prestigiante. Os adeptos são mesmo fanáticos e nunca nos falta apoio. A Liga é muito competitiva. O Olympiakos destaca-se claramente, mas os outros podem ganhar a qualquer um», afiança.

Depois da segunda época emprestado, o internacional sub-23 quer regressar ao Benfica e impor-se de vez. O futuro o dirá. «O meu objetivo é sempre regressar ao Benfica. Quando sai, sabia que tinha de percorrer um outro caminho e foi o que fiz. Agora não depende só de mim. Quero voltar, mas é preciso que as pessoas também o queiram», finalizou.