Sem presidente, que se demitiu devido, justamente, à ingovernabilidade do clube, os restantes membros da direcção do Beira Mar promoveram nesta terça-feira uma conferência de imprensa destinada a fazer um ponto de situação no emblema aveirense

António Regala, presidente-adjunto, admitiu até que o Beira Mar está «à beira de morrer» devido a «gestões mal feitas» e confirmou a penhora de receitas de todos os jogos até ao final da época. O problema é tão sério que o dirigente não garante o pagamento dos salários aos jogadores nem a liquidação das contribuições para a Segurança Social.

Da mesma forma, os próximos jogos, onde se inclui a recepção ao Benfica, da 12ª jornada, podem ficar em causa devido à falta de verbas para organizá-los.

Mais uma vez, foi apontado o dedo aos antigos responsáveis do clube, que promoveram os vários processos na origem da asfixia financeira. Ao mesmo tempo, foi feito um novo apelo à consciência dos sócios, onde se incluem os executantes dos vários arrestos, para que evitem a extinção clube.

A actual direcção, recorde-se, irá manter-se em funções até à marcação de eleições, que deveriam ocorrer em Dezembro mas a proximidade com a época natalícia deverá «empurrá-las» para Janeiro.