A figura: Licá

Perdoem-lhe o falhanço clamoroso a 10 minutos do fim porque, no resto, o avançado estorilista foi mais do mesmo: acutilante, desequilibrador, decisivo. Incansável, deu tanto que fazer à defesa aveirense na esquerda como ao centro, com velocidade e muitos truques, que o elevaram a figura do jogo.

A desilusão: Sasso

Símbolo maior do desnorte aveirense, viu o cartão amarelo bastante cedo e não conseguiu conter os nervos, continuando a subir o tom perante o árbitro numa ou outra situação. Ulisses percebeu o estado do central e, ao intervalo, viu-se forçado a deixar o francês no balneário, em favor da experiência (e serenidade) de Hugo. Uma substituição inoportuna, que limitou, obviamente, as opções para o ataque.

Outros destaques:

João Coimbra

Como lhe fica bem a braçadeira. Comandante na verdadeira aceção da palavra, foi um dos geómetras mais inspirados do laborioso meio-campo estorilista. Na retina ficou, sobretudo, a jogada que permitiu abrir o ativo, digna de nota máxima.



Carlitos

Lépido, incisivo e objetivo qb, foi uma inquietação para os aveirenses, principalmente na primeira parte, com diversas combinações em velocidade com João Coimbra, Evandro ou Licá. Foi perdendo o fulgor, mas o melhor já estava feito.

Balboa

Batalhador e claramente num bom momento de forma, carregou com a equipa às costas durante grande parte do jogo. Tentou de várias maneiras, mais faltou-lhe ter parceiros à altura.