Mais uma prova (interna) superada pelo Dragão soluçante, este sábado, em Aveiro, no terreno do aguerrido Beira Mar. Depois do fracasso na Liga dos Campeões, os portistas voltaram a redimir-se no Campeonato e estão, de novo, isolados no comando da classificação. Com algum suor e muita persistência à mistura.

Os campeões nacionais estiveram a perder, responderam de imediato, e consumaram a reviravolta na segunda parte, numa consequência lógica daquilo que se passava em campo, uma vez vencida a resistência local, nada menosprezável ou não tivesse o Beira Mar a melhor defesa da Liga. Ganhou o melhor ataque. À tangente. Faz sentido.

Recorde o AO MINUTO do jogo

Vítor Pereira optou pela versão conservadora para suprir a falta de Defour, apostando numa troca directa com Belluschi, em vez de colocar James a 10 e abrir uma vaga num flanco para Varela. O argentino foi, de resto, o primeiro portista a estar perto do golo mas Rui Rego defendeu para canto, numa das várias intervenções valorosas de um dos menos batidos guarda-redes da Liga.

Cedo se percebeu que os campeões nacionais teriam, em Aveiro, um jogo muito semelhante ao último, diante do Zenit, para a Liga dos Campeões. Iniciativa total na partida perante uma autêntica muralha auri-negra, muito bem posicionada mas longe de ser estática ou inofensiva: sempre que podiam, os aveirenses davam corda aos jogadores mais rápidos e aceleravam até à baliza de Helton, mostrando que também podiam fazer estragos.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

Prova disso, foi o golo de Zhang, numa fase em que os portistas já justificavam a vantagem. O golpe, todavia, não derrubou os pupilos de Vítor Pereira, que continuaram a fazer o que estavam a fazer até então, metendo velocidade, desmarcações e não hesitando nos remate à mínima nesga. O sufoco acabou, de forma natural, por dar frutos. Hulk amorteceu à ponta-de-lança para James e este, com um disparo fortíssimo, restabeleceu a igualdade.

Muralha perde alicerce e Hulk aparece

O Incrível deu o mote para a segunda parte, com um remate rasteiro, que passou a centímetros do poste direito da baliza aveirense, numa altura em que a principal referência defensiva da equipa da casa, Hugo, estava fora de combate, por lesão. Entrou Bura para substituir o capitão. Não é a mesma coisa. Viu-se.

O Beira Mar, ainda assim, conseguiu responder bem na frente, aproveitando o balanceamento portista, com Douglas a desperdiçar uma soberana oportunidade, mas, na sequência, Hulk puxou dos galões e consumou a pirueta no marcador. Derrubada, pela segunda vez, a muralha aveirense, o Dragão embalou para um jogo mais descansado e pensado. Em suma, uma versão mais económica, mas nem por isso menos eficiente.

Conheça os DESTAQUES da partida

Não fosse um susto, quase mortal, no último lance da partida, quando Élio não conseguiu acertar correctamente na bola com a baliza aberta, e a segunda metade da partida teria sido quase um passeio para os portistas.

O jogo a meio da semana, com todas as despesas assumidas, teve, obviamente, consequências na frescura da equipa e o mais difícil, em abono da verdade, foi concretizado. Tem agora a palavra o Benfica, nos Barreiros. Será que lhe queima as mãos a batata quente?