A figura: Zhang

Deu a pedrada no charco de que o jogo precisava com a arrancada pela direita que culminou na assistência para o golo de Nildo. Foi a melhor (única?) investida até à altura, deixando para trás mais de meia-hora de marasmo generalizado. Antes disso, já se tinha mostrado mais solto e incisivo do que habitualmente e assim continuou, sempre em altas rotações.

O regressado: Cristiano

Notou-se-lhe a fome de bola depois de mês e meio afastado da competição. Teve pormenores deliciosos, como aquela recepção de peito, num lançamento lateral, e devolução ao colega de calcanhar. Voluntarioso, não teve receio de enfrentar os adversários, provocá-los com dribles e outras habilidades que ajudaram a desmantelar (e porque não também desmoralizar?) a defesa feirense. Ainda procura ritmo e confiança, depois da paragem, mas o «perfume» está lá todo.

outros destaques:

Artur

Um golo de antologia, depois de passar dois adversários, aguentar a carga, para finalizar de pé esquerdo, em arco, ao poste mais distante. Grande momento de futebol e a (quase) certeza da vitória quando ainda faltava jogar toda a segunda parte.

Rui Rego

Providencial nos melhores momentos do Feirense, quando foi preciso cerrar fileiras, e defender a vantagem, o guardião aveirense mostrou por que razão é um dos menos batidos da Liga. Boas defesas a um par de remates de Diogo Rosado, que nem de grande penalidade conseguiu batê-lo.

Nildo

Já é o melhor marcador do Beira Mar, com apenas dois golos. O primeiro, em Guimarães, correu mundo e será, seguramente, um dos melhores do ano, mas o segundo merece referência pela importância que teve, mum momento particularmente difícil. Perto do final, teve o terceiro da tarde nos pés, mas Paulo Lopes estava atento.

Diogo Rosado

A produção atacante da equipa fora tão fraca até à sua entrada que, com dois remates ao alvo, conseguiu arrebatar o título de jogador mais perigoso dos «fogaceiros». Ajudou também a equipa a fluir, em termos de jogo ofensivo, mostrando dinâmica e sentido de baliza.