Finalmente, Luciano Ratinho comunicou ao Paysandu a decisão de abandonar o clube para rumar ao Beira-Mar, clube que ascendeu ao escalão principal do futebol português. O avançado brasileiro viaja sexta-feira para Portugal, depois de uma novela repleta de contradições, mas deixou os responsáveis do seu clube extremamente revoltados.
Artur Filipe, presidente da colectividade aveirense, nunca colocou em causa a vinda de Ratinho (, numa transferência intermediada pelo ex-jogador Demétrius. Contudo, o avançado anunciou, a data altura, a decisão de continuar o Paysandu. Segundo o Beira-Mar, tudo não passou de uma estratégia para o atleta tentar receber salários em atraso.
«O presidente, Arthur Tourinho, prometeu fazer algumas mudanças no meu contrato e depois falar comigo. Isso não aconteceu e, por isso, tomei a decisão de deixar o Paysandu», explicou Luciano Ratinho, acrescentando: «Tinha pensado em ajudar o grupo, que é bom, a voltar a colocar a equipa na Série A, mas tenho sempre que pensar na minha família. Por isso decidi sair. Realmente, o treinador, Ademir Fonseca, sempre me ajudou muito enquanto estive aí. Vou ligar-lhe para dar uma satisfação e agradecer pelo apoio que ele me deu. No sábado, já devo iniciar a pré-temporada junto dos meus novos companheiros.»
O treinador do Paysandu, por seu turno, não poupa críticas ao jogador. «É uma pessoa de mau caráter. Era melhor ele ter ido antes. Ele chegou aqui desacreditado e virou as costas para um clube que lhe deve, mas que também lhe abriu as portas. Se ele me ligar, só vai perder tempo. Não quero conversa. Que ele siga a vida dele e seja feliz», desabafou Ademir Fonseca.