Datava de 26 Setembro do ano passado a última vitória do Portimonense para a Liga. O adversário tinha sido o Beira Mar, num jogo, rezam as crónicas, em que os aveirenses justificaram outro resultado.

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Cinco meses depois, a história repete-se, só o cenário mudou. Os algarvios conseguem um importante balão de oxigénio e ficam a ver o que fará a Naval nesta segunda-feira diante do Sp. Braga, mas, pese os três pontos, ainda não saíram do último lugar. A título particular, e para a posterioridade, fica a primeira vitória de Carlos Azenha enquanto treiandor principal.

No reverso da medalha está um Beira Mar clara desaceleração, somando cinco jogos sem ganhar, na prior sequência da época. Os 25 pontos dão para descansar mas é uma pena que uma equipa tão prometedora pareça ter desistido quando ainda faltam nove partidas para acabar a época.

O plantel perdeu elementos importantes, Leonardo Jardim pode estar de saída e deverá anunciar, justamente, esta segunda feira, qual o seu futuro, e estas coisas têm sempre os seus reflexos. Parece haver uma notória desconcentração nos jogadores, que continuam a criar grande volume ofensivo mas falham na finalização.

Portimonense entra a todo o gás

O Portimonense teve uns 20 minutos de grande fulgor. Entrou bem, dominou as operações, criou perigo. Podia até ter aberto o marcador, num livre de Ricardo Pessoa à trave, que levou ainda a bola tocar a linha de golo para a eterna dúvida: entrou? Cosme Machado achou que não e os algarvios, apesar de terem continuado por cima, não conseguiram maiores notas de relevo junto à baliza de Rego.

O gás perdeu-se e foi a vez do Beira Mar, irreconhecível até então, começar a acelerar o jogo, como sempre faz em casa. A única diferença, desta vez, é que os comandados de Leonardo Jardim demoraram um pouco mais tempo a acertar o passo. Os últimos dez minutos da primeira parte foram um festival de oportunidades perdidas. Houve outro remate ao ferro, uma grande defesa de Ventura, e um tiro às malhas laterais.

A falta de eficácia aveirense, pese o volume de jogo ofensivo, voltava a ser a tónica da partida já depois de se ter manifestado no último jogo em casa, diante do V. Setúbal. Nessa partida, ainda havia Ronny, mas agora as opções para o ataque são menos e o número conta pouco quando todos parecem decididos a fazer «tiro ao boneco».

Rego ajuda Azenha

Quando o Portimonense dava mostras de estar satisfeito com o empate - prova disso é a decisão de Carlos Azenha de retirar o ponta-de-lança Kadi para meter um extremo, Ivanildo -, Rui Rego comete grande penalidade ao derrubar Lito já na pequena área e, a partir daqui, tudo se alterou. Ricardo Pessoa colocou a equipa de Portimão na frente do marcador e o Beira Mar foi forçado a quebrar a letargia para correr em direcção à baliza de Ventura.

Mais do mesmo. Os auri-negros carregaram, carregaram, mas voltaram a pecar na finalização. Perto do fim, sem recursos no banco, Leonardo Jardim teve de recorrer a um central, Ricardo Rocha, para jogar a ponta-de-lança. Yartey acertou novamente no poste mas o «chuveirinho» não deu para mais. Já depois do final do jogo, Djamal foi expulso, mostrando o quanto a equipa tem estado à deriva.