A figura: Wolfswinkel

Para quem o criticou, não podia ter deixado melhor cartão de despedida. Dois golos com a frieza dos matadores, certeiro e sem vacilar, já depois de ter deixado uma pequena ameaça, que, dessa vez, Rui Rego conseguiu segurar. Sai em jeito daquela jogada de xadrez em que é preciso sacrificar a rainha para não perder o rei. Mas os adeptos vão ter saudades.

O momento: «bis» do holandês de partida

Ainda com os aveirenses atordoados pelo 0-2, Wolfswinkel voltou a aplicar um golpe certeiro no coração aurinegro. Lançado, desta feita, por Carrillo, fugiu a todos e desviou a bola de Rui Rego. Feito o segundo da conta pessoal do avançado de partida para o Norwich, e o terceiro para os de Alvalade, o jogo estava resolvido.

Outros destaques:

Carrillo

Jogou com a corda toda, como se costuma dizer. Depois de uns avisos a mostrar que não estava ali para fazer figura de corpo presente, sofreu a grande penalidade que permitiu abrir o marcador. Manteve o regime de altas rotações e isolou Wolfswinkel para o terceiro do Sporting.

Adrien

Imitou o colega Wolfswinkel e também «bisou», primeiro de grande penalidade e depois num remate-surpresa. No resto, cumpriu, sem deslumbrar, ajudando na luta do meio-campo, com a força e disponibilidade do costume.

Miguel Lopes

Não resistiu a um gesto de consolo para com o irmão gémeo na saída para o intervalo, ele que fez uma assistência perfeita para o segundo golo sportinguista. Fez uma bela primeira parte, foi menos ativo na segunda.

Rúben Ribeiro

Deu um assomo de esperança às hostes beira-marenses com o golo do 1-3, coroando uma exibição plena de raça e inconformismo. Foi, quase sempre, o foco de maior perigo da equipa da casa, com uma vontade enorme de virar os acontecimentos.

Dani Abalo

Não abalou o jogo, mas ficou ligado a ele por ter sido um dos mais revoltados com o resultado. Impulsionado pela falange de amigos que viajou de Vigo para o apoiar, o galego mostrou-se bastante rematador e quase voltou a marcar de canto direto.