Continua de vento em popa este Guimarães de Rui Vitória, que somou, este domingo, em Aveiro, a quinta vitória nos últimos seis jogos. Os minhotos venceram, para mais, onde já não o conseguiam há quase 17 anos. Foi o quarto triunfo fora de portas e com o sexto lugar cada vez mais sólido, os vimaranenses olham para cima, cada vez mais próximos... do Sporting.

Pelo futebol que a equipa pratica, vê-se que a crise directiva que grassa por estes dias na capital europeia da cultura ficou à porta de um balneário totalmente blindado. Nas antípodas, os aveirenses continuam a resvalar para os lugares perigosos da classificação. Já estão em 13º lugar, em função das vitórias de Rio Ave e P. Ferreira.

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A casa dos auri-negros foi novamente assaltada. Não há equipa mais frágil na Liga entre portas, com apenas cinco pontos conquistados e outros tantos golos marcados. Nisso, o contraste com os da cidade berço é gritante: 15 remates certeiros, tantos quando o Benfica, a outra equipa mais concretizadora nos jogos extra-muros.

Vimaranenses cheios de pressa

O V. Guimarães foi directo nos seus propósitos. Ainda antes do golo, já Urreta, o próprio Toscano, e Edgar haviam ameaçado a baliza de Rui Rego, quase atordoando a defesa aveirense com um envolvente carrossel de futebol ofensivo. Os da casa procuravam esticar-se no terreno, mas a o ataque continuava a ser uma dor de cabeça para Rui Bento.

O golo minhoto, por tudo isto, não surpreendeu. O que espantou foi a incapacidade dos auri-negros para, pelo menos, acertar com a baliza. Nilson foi um mero espectador perante os falhanços de Nildo e, mais tarde, de Zhang, numa equipa com Balboa a mais, a carrilar jogo pela direita, mas Douglas a menos.

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O ponta-de-lança ficou, por isso, nos balneários ao intervalo para a estreia de Cássio. Mais tarde, também Nuno Lopes somou os primeiros minutos, numa fase claramente superior da equipa de Aveiro: Nilson voou a cabeceamento de Zhang, no expoente máximo da revolta amarela que chegou depois do intervalo.

Os homens de Rui Vitória passaram, então, por períodos de maior aflição mas nunca abdicaram de tentar o contra-ataque, ainda para mais frente a um adversário que tinha de correr riscos. Rui Bento não hesitou e estreou os três reforços que tinha no banco, à procura de algo de novo, sobretudo no ataque, com Camará a juntar-se a Cássio.

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A verdade é que a grande oportunidade do chinês do Beira Mar não passou disso mesmo. Um lance para a estatística, que a equipa não conseguiu capitalizar para algo mais concreto. A intenção foi boa mas não chegou e a defesa minhota deu conta do recado até ao fim.

A derrota, a quinta consecutiva para os aveirenses, que ainda não conseguiram qualquer ponto este ano, deve servir para uma profunda reflexão numa altura em que a equipa está, definitivamente, instalada em terrenos movediços. E para a semana há jogo na Marinha Grande...