Tiago
Foi a sua pontaria, num remate de longe, já mesmo na contagem decrescente para o apito final, que decidiu as coisas no Restelo. Até lá, Tiago nem tinha dado muito nas vistas, mas o tento foi precioso e valeu a vitória ao Boavista no tira-teimas. Um golo precioso.
Juninho Petrolina
Há para dizer que foi dos elementos mais irrequietos do Belenenses, que esteve sempre à espreita para lançar o ataque e criar perigo lá na frente. Mas há para dizer também que veio dele o passe, tirado à medida para Antchouet igualar a partida e dar ânimo ao Belenenses para se assumir como dono da casa e tomar a iniciativa. E, depois disso, apagou-se, perdeu alguma força e quase desapareceu na segunda parte.
Antchouet
Entendeu-se com Juninho Petrolina, desmarcou-se, agarrou na bola e empatou as contas no Restelo, depois de a equipa ter sofrido um golo bastante cedo. Já antes tinha ameaçado umas quantas vezes, embora umas quantas vezes de forma atabalhoada, mas o golo foi quase precioso face ao rumo que a partida estava a tomar. Após o golo, deu sinais de querer mais. Não se cansou de correr, respondeu como pôde aos contra-ataques da equipa, mas viu-se por várias vezes isolado lá na frente. Não merecia o golo «tardio» do Boavista.
Cafú
O Boavista ganhou nova vida quando Cafú entrou em campo, tornando-se mais perigoso e mais voltado para o ataque. Até lá, João Pinto foi dando mostras de classe e deu também uma ajuda no golo, mas pouco mais do que isso. Depois da expulsão de Zé Pedro, Cafú ganhou ainda mais margem de manobra, mas a falta de pontaria não ajudou.
Amaral
O defesa do Belenenses regressou aos convocados do Belenenses, para render o lesionado Marco Paulo na lista de Carlos Carvalhal, e deixou bons sinais ao técnico. Foi uma peça importante no lado direito da defesa, mas não se envergonhou nunca de subir no terreno e ir cruzar para Antchouet, nem sequer de, ele próprio, tentar entrar pela área boavisteira. Aos 81 minutos, teve nos pés o segundo golo do Belenenses, mas Khadim bateu o pé. Aos 86, fez um passe precioso para Rudolfo Lima, que não soube aproveitar.
Atacar mesmo em desvantagem
José Pedro assumiu-se como uma das peças fundamentais no Belenenses. Ajudou na defesa e soube alimentar o ataque. A sua expulsão aos 69 minutos, por acumulação de amarelos, deixou o Belenenses em apuros, mas Carlos Carvalhal não teve medo de arriscar. Em vez de segurar o resultado, o treinador decidiu tentar a vitória e fez entrar Rodolfo Lima para o lugar de Brasília, com o intuito de dar novo ânimo e perigo ao seu ataque. Não conseguiu.
André Barreto
Abriu o marcador logo aos seis minutos de jogo, dando o mote aos axadrezados. Foi o ponto mais alto do camisola 15 do Boavista, que teve uma ajuda importante de Frechaut, a fazer bom trabalho na direita. Deu ainda uma ajuda na defesa, quando foi preciso, mas pouco mais se viu dele.