O Belenenses fez, esta quarta-feira, uma exposição à FIFA solicitando àquela entidade a condenação de Henri Antchouet e do Alavés (clube com quem o jogador assinou contrato) ao pagamento de uma indemnização no valor de dois milhões de euros.
O diferendo entre o jogador e o clube arrasta-se há alguns meses, quando o jogador se recusou a permanecer no Restelo.
Barros Rodrigues, presidente do clube, em declarações ao Maisfutebol, explicou que «no final dos três anos de contrato o clube exerceu o direito de opção sobre o jogador por mais duas épocas, como estipulado no contrato assinado em 2002».
«No último jogo da época passada reunimo-nos com o jogador e acordámos, verbalmente, a sua permanência em Belém. Mas o empresário dele é que não o deixou ficar no Belenenses e o jogador não respeitou o contrato assinado. É um direito que ele tem, mas não vamos desistir dos nossos direitos», explicou o dirigente.
Segundo Barros Rodrigues, um dos argumentos utilizados pelo jogador para o não cumprimento do contrato é o facto de este lhe ter sido apresentado numa língua estrangeira (o jogador é gabonês e o contrato foi redigido em português).
O presidente do clube refutou esta acusação: «O jogador tem o contrato em seu poder desde 2002. Não entendo por que é que nunca o traduziu».
A FIFA emitiu um certificado internacional provisório ao jogador, para que este possa jogar enquanto o diferendo com o clube português não é resolvido, já que o Belenenses recusou a emissão do certificado internacional do avançado.
Para além do pagamento da indemnização, o clube do Restelo solicitou ainda à FIFA «a aplicação de medidas disciplinares ao jogador, por violação do contrato, e ao Alavés, por ter induzido o atleta ao não cumprimento do vínculo, com o propósito de não efectuar o pagamento correspondente à transferência do jogador».