Ao segundo dia de trabalho do plantel principal, o Centro de Estágio do Benfica abriu as portas. A todos. Mas «hoje foi uma vez sem exemplo», referiu Luís Filipe Vieira, prometendo o presidente dos encarnados uma calendarização pensada para as visitas dos adeptos.
Ontem, o primeiro dia em que o plantel benfiquista deu os primeiros passos no novo complexo desportivo do clube para treino e formação de jogadores, ninguém passou dos portões ¿ nem jornalistas nem a falange de centenas de adeptos que saudaram os craques do lado de fora.
Esta terça-feira, a única diferença prevista era a abertura durante 15 minutos à comunicação social no treino da tarde (a sessão da manhã foi à porta fechada). Mas quando os jogadores já estavam no relvado principal da estrutura, tudo mudou.

Foi decidido abrir as portas a toda a gente e o que se passou foi cerca de 500 sorrisos rasgados a tomarem lugar na tribuna para verem de perto os jogadores do seu clube em acção.
Desde aí até praticamente o último jogador abandonar regressar aos balneários, a atenção dos adeptos, que lotavam cerca de um terço da bancada, não mais deixou de se centrar exclusivamente no relvado.
Só a presença dos jogadores era suficiente para motivar os gritos de apoio personalizados, mas esta tarde houve muita bola no treino e assim que começaram os exercícios de finalização o ambiente quase se tornou o de um jogo devido aos festejos dos golos.
O treino terminou com uma peladinha e, apesar de só ter havido um golo, não se deu por protestos com as exibições. Pelo contrário. Todos parecem ter saído de papo cheio.
O presidente do Benfica é que esclareceu, entretanto, que o brinde de hoje foi uma excepção. «Vai haver alturas próprias para abrir as portas. Isto é um local para trabalhar e que exige privacidade», referiu Luís Filipe Vieira.
O presidente do Benfica explicou que, mais tarde, «vai haver visitas guiadas» para que os adeptos possam conhecer o centro de estágio e formação onde trabalham craques e futuros craques, mas que estes também tenham a serenidade exigida para renderem o máximo: «Hoje foi uma vez sem exemplo.»