Hoje foi dia de «avaliações» na Luz. Pako Ayestaran é o novo preparador físico do Benfica e deixou algumas das suas ideias em cima da mesa. O técnico não quer que os jogadores tenham «picos de forma» mas sim que a mantenham. Para além disso, garante que os atletas vão ter uma preparação adequada às suas necessidades: «Fizemos avaliações para conhecermos os jogadores, as suas virtudes e defeitos. São feitas avaliações fisiológicas. Servem para ver quais são os que têm maior predisposição para se lesionar. Um futebolista é um todo, composto pelo aspecto técnico, táctico e físico. A preparação não é algo linear. Não se pode falar em picos de forma. Os três pontos conquistados no início da prova valem tanto quanto os que são conquistados no final. Não somos defensores da ideia de acelerar o ritmo. Tudo depende do nível do plantel, depois de o conhecermos podemos estabelecer objectivos.»
Conclusões ainda não existem. Há que esperar pelo resultado dos testes feitos durante esta manhã: «O último grupo ainda está a finalizar as avaliações. Há que ver os resultados para tirar conclusões. Neste momento, é importante ver que estão com muita vontade de trabalhar. A responsabilidade e entrega que demonstram são o mais importante. A impressão com que tenho ficado tem sido muito boa.»
Ayestaran defende que as equipas não devem apostar em quantidade, mas em qualidade. Por isso, para já, o plantel fará um treino por dia: «O mais importante é a intensidade e a concentração. Quanto mais tempo de treino houver, menos intensidade e concentração existirá.»
Champions ou UEFA: «Plano de trabalhos não vai mudar muito»
A equipa técnica tenta não ficar refém das indecisões em volta do futuro europeu dos encarnados: «O plano de trabalhos não vai mudar muito. Temos duas planificações, mas com a participação no Torneio de Guimarães a carga de trabalho muda, porque não estava previsto. Vamos fazer a pré-época no Seixal, excepto quando formos participar no Torneio do Guadiana. Depois, provavelmente, iremos para Óbidos e em seguida para Guimarães, onde temos o Torneio.»
Os jogadores internacionais chegam apenas a dia 20 de Julho. Não é o ideal, mas não é nada que vá atrapalhar os trabalhos, garante o preparador: «Ter os jogadores a chegar em tempos diferentes complica porque não existe uniformidade. Mas estou habituado a este tipo de coisas desde os tempos em que trabalhei no Valência e no Liverpool. Os internacionais têm de descansar uns dias após as provas. Não é a situação ideal, mas podemos contorná-la.»