Benfica e Sporting pediram esta terça-feira que as acusações de Mesquita Machado sejam investigadas. O presidente da Assembleia Geral da Federação e também da Câmara Municipal de Braga qualificou de «roubo» a arbitragem de Paulo Baptista no encontro entre o Benfica e o Sp. Braga e falou em «influências exteriores para que fosse aquele árbitro» nomeado para o encontro, dizendo ter ouvido «nos corredores» que o juiz de Portalegre não seria a primeira escolha.
«Estranha-se a insinuação ontem lançada por Mesquita Machado, essa sim merecedora de intervenção da Procuradoria-Geral da República porque, das duas uma, ou tem acesso a informação que não devia ter, ou, pior, alguém já contava por antecipação com um determinado arbitro para o jogo Benfica-Sp. Braga¿, afirmou hoje João Gabriel, director de comunicação do Benfica, à agência Lusa.
«A confirmar-se será de uma enorme gravidade», prosseguiu o porta-voz dos «encarnados», que estabelece um paralelo com a batalha jurídica do Verão em relação à admissão do F.C. Porto na Liga dos Campeões: «É muito interessante verificar a atitude tão diligente do presidente da Assembleia Geral da FPF, em contraste com o veto de gaveta a que condenou as denúncias dos vários membros do antigo Conselho de Justiça da Federação. Foi esta displicência que contribuiu para que a UEFA não tivesse, em tempo útil, acesso à deliberação do Conselho de Justiça.»
Quanto ao Sporting, tomou posição pela voz de Miguel Salema Garção, igualmente director de comunicação. «O Sporting espera, e vinca aqui a sua posição, que a Federação e a Liga possam abrir inquérito de averiguação das declarações, tendo em conta a gravidade que elas apresentam», afirmou.