Os árbitros portugueses analisaram alguns dos lances mais polémicos das primeiras 12 jornadas da Superliga, numa acção de formação que decorreu em Leiria, e concluíram que o assistente decidiu bem no golo não validado no Benfica-F.C. Porto, o tal da dúvida se a bola entrou ou não. Em contrapartida, foi admitido que Flávio Meireles teria merecido cartão vermelho no jogo da Taça entre V. Guimarães e F.C. Porto, na entrada sobre Costinha, e que o golo do Nacional frente ao Benfica não devia ter sido validado.
O balanço global da arbitragem nos jogos profissionais foi «positivo», defendeu Luís Guilherme, presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga. «Discutimos algumas decisões que não foram bem tomadas pelos árbitros, tentámos perceber porque aconteceram e enaltecemos também as boas decisões, esmagadoramente a maioria. O nosso objectivo é que os erros sejam cada vez menos, fundamentalmente os que têm influência no resultado.
Depois de dissecados pelos 23 árbitros e 56 assistentes presentes, alguns dos casos mais polémicos foram analisados para os jornalistas por Antonino Silva, conselheiro da CA. Ficou-se a saber então que, no que diz respeito ao caso que mais deu que falar esta época, o do Benfica¿F.C. Porto, o árbitro assistente acompanhou o lance da bola rematada por Petit no local correcto e não podia validar o lance.
«Estava bem colocado e não podia avaliar se a bola entrou ou não. Como não pode dizer em consciência se a bola entrou, correctamente nada assinalou», afirmou Antonino Silva. Quanto ao lance do Benfica-Nacional, concluiu-se que Mário Mendes não devia ter validado o golo de Alexandre Goulart, porque era livre indirecto mas não bateu em ninguém. Análise ainda ao golo não validado a Toñito no F.C. Porto-Boavista, para a conclusão de que a decisão foi correcta, por haver fora-de-jogo de outro jogador.
Quanto a acções disciplinares, os árbitros consideraram que as expulsões de McCarthy e João Pinto, respectivamente no F.C. Porto-Boavista e no Gil Vicente-Boavista, foram correctas. Já Flávio Meireles, «por jogar com brutalidade» sobre Costinha, num lance em que o portista ficou inconsciente, devia ter sido expulso no V. Guimarães-F.C. Porto.