De hoje não passa. Jesus já teve de fazer a primeira triagem a um plantel que ainda tem 37 elementos. Esta quinta-feira era a data limite para o envio do nome dos 25 jogadores a ser inscritos na UEFA para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, na próximo quarta-feira, frente aos turcos do Trabzonspor.

Dos vinte e cinco inscritos, o Benfica tem obrigatoriamente de contar com oito jogadores formados localmente, dos quais quatro têm de ter pertencido aos escalões de formação da Luz, o que limita o espaço dos formados fora do país. São no máximo 17 e se somarmos Artur (1), Maxi Pereira (2), Luisão (3), Javi García (4), Gaitán (5), Saviola (6), Cardozo (7), Bruno César (8), Nolito (9), Enzo Pérez (10), Garay (11), Aimar (12), Jara (13), Jardel (14), Matic (15), Witsel (16), Emerson (17) e Capdevila (18) temos 18. Um a mais portanto. Jesus vai ter de cortar aqui.

Este número já excedentário parece dar pouca margem de manobra aos reforços Rodrigo Mora e Wass, e ao regressado Urreta. Nesta fase, Carole e Rodrigo, ao serviço das respectivas selecções sub-20, não entram e parece complicado que sejam depois opção para as competições europeias, podendo algum deles no entanto continuar no plantel, porque os regulamentos da Liga permitem contornar ligeiramente a questão, desde que não se exceda os 27 séniores. E há ainda Roberto e Júlio César, que ontem foram apresentados, mas deverão sair.

Voltando aos jogadores formados localmente, o Benfica tem Eduardo (1), Mika (2), Fábio Faria (3), Nuno Coelho (4), Carlos Martins (5), Rúben Amorim (6), André Almeida (7), David Simão (8), Miguel Vítor (9), Nélson Oliveira (10), Roderick (11) e Rúben Pinto (12), sendo que os cinco últimos são formados em Portugal e o último pode entrar ainda numa lista B. Ou seja, estes terão provavelmente lugar garantido na inscrição, por força dos regulamentos da UEFA, embora três deles não possam sequer ser utilizados frente ao Trabzonspor: Miguel Vítor, por lesão; Nélson Oliveira e Roderick estão na selecção sub-20.

Sobram quatro vagas para portugueses e há que escolher de entre sete, para poder manter o tal limite máximo de 17 não formados localmente. Mika ficará de fora da pré-eliminatória porque vai estar no Mundial sub-20, Carlos Martins está lesionado, Rúben Amorim ainda em fase de recuperação. Sobram quatro. André Almeida tem jogado todos os jogos como lateral-direito enquanto não há Maxi, Fábio Faria será necessário para compor um grupo válido de centrais disponíveis. Eduardo, contratado agora, deverá ocupar a terceira vaga e a quarta poderá cair para Nuno Coelho. Como o Benfica poderá enviar mais duas listas diferentes para o «play-off» e fase de grupos o facto de entrar agora não garante automaticamente a permanência no plantel depois do Trabzonspor. Será este o raciocínio do treinador dos encarnados? Só ele o saberá e o Benfica já avisou que não vai divulgar a lista.

César Peixoto, Shaffer e José Luís Fernández estão de saída, não foram apresentados e não entram nestas contas.