José Eduardo Moniz revelou que não é candidato a presidente do Benfica. O director-geral da TVI considera que a antecipação das eleições deixou as alternativas sem tempo. Mas acima de tudo não quer trabalhar em cima de um projecto começado por outros.
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«Construir um projecto implica conhecimento dos dossiers e tempo. Sobretudo tempo. Um bem que a actual direcção, talvez por medo, resolveu tornar escasso», disse. «Sobretudo para uma pessoa como eu. Não preciso do Benfica para obter projecção».
Ora perante estas condicionantes, Moniz considerou não haver condições para avançar. «Lançar uma candidatura só vale a pena se ela significar de facto um projecto de mudança. Por isso entendo não estarem reunidas condições para avançar», garantiu.
«Não se trata de ganhar ou perder, dizem-me que ganhar até não seria difícil, mesmo apesar do golpe estatutário. Não me interessa ganhar por ganhar, para depois ser obrigado a gerir um projecto de outros, que seria o que aconteceria dados os compromissos entretanto assumidos pela direcção em gestão.»
Disponível para avançar no futuro
O director-geral da TVI disse ainda que pode ser candidato nas próximas eleições, da mesma forma que poderia ser candidato se as eleições fossem realizadas em Outubro. «Se as pessoas voltarem a estar tão empenhadas quanto agora, não há benfiquista nenhum que não queira estar na vida do clube.»
«Se eventualmente se reunirem condições, se houver benfiquistas que achem que eu posso corporizar uma alternativa, obviamente que posso avançar. Acho que é possível construir um projecto novo, racional, moderno, que reconduza o Benfica à grandeza que teve, fora da lógica das negociatas de jogadores que não se sabe bem ao que vêm.»
José Eduardo Moniz garantiu, de resto, que não vai ser oposição de ninguém. «Nunca serei oposição a ninguém, serei alternativa. «A minha candidatura, a ocorrer, não podia ser a candidatura de um grupo ou de uma facção. Do que o Benfica necessita é de unidade e não de divisão. Não avanço nunca contra ninguém», terminou.