Ronald Koeman deu uma entrevista aos espanhóis do Sport, uma entrevista na qual passou em revista vários episódios da sua vida de treinador, e particularmente enquanto treinador do Benfica, e na qual lançou também um olhar sobre o futuro. Sobre a eliminatória da Liga dos Campeões frente ao Liverpool, por exemplo. «Eliminámos o Manchester United e também o podemos voltar a fazer com o Liverpool», disse. «O pior será a segunda mão em Anfield Road porque é um estádio que se impõe».
O único receio do holandês coloca-se por isso sobre o jogo fora de casa. Mas Koeman acredita no triunfo na eliminatória. E acredita cada vez mais no Benfica. «Nas primeiras jornadas estivemos perto da zona de descida», recordou. «Mas era tudo uma questão de paciência para que os jogadores assimilassem a nossa forma de treinar e de jogar. E agora cá está a prova: lutamos pela Liga, Taça de Portugal e pela Liga dos Campeões». As últimas derrotas no campeonato não o assustam. «O Benfica está vivo na Liga», garante.
A história da contratação para o Benfica e a influência de José Veiga
Ronald Koeman já tinha falado antes do passado. Da ida para o Benfica, por exemplo, que pareceu nunca o seduzi muito. Até que entrou em campo José Veiga. Antes tinha havido apenas um contacto cerca de três meses depois de deixar o Ajax. Que não lhe deu a volta à cabeça. «Depois José Veiga contactou-me, explicou-me o projecto e convenceu-me», contou o técnico, que estava no desemprego depois de deixar o Ajax. Uma saída «por vontade própria», frisou, «e decepcionado». «Não gostava do comportamento de alguns sectores do plantel, onde via alguma desmotivação», acrescentou. Ele que não se dava bem com Van Gaal, o holandês com quem trabalhou no Barcelona e que tinha sido então designado director desportivo do clube. «Não me puxe pela língua», disse Koeman quando confrontado com o nome de Van Gaal, adiantando apenas que já não mantém qualquer tipo de relação com ele.